“2025 será o ano de tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome”, projeta Wellington Dias

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O titular do MDS se reuniu com os demais ministros e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou da primeira reunião ministerial de 2025, nesta segunda-feira (20.01). Convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o encontro teve como objetivo traçar estratégias para este ano e 2026, além de avaliar os resultados das ações do governo nos últimos dois anos.

“Essa reunião ministerial é importante para definirmos a segunda parte deste mandato. Já semeamos muitas políticas e 2025 será o ano da grande colheita. Ainda não realizamos todos os compromissos que estabelecemos com o povo. Por isso estamos aqui para trabalhar ainda mais”, garantiu o presidente brasileiro.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Wellington Dias reforçou o compromisso de alcançar a população que ainda sofre com a insegurança alimentar, após o país retirar 24,4 milhões de pessoas da fome em 2023 (passando de 33,1 milhões de pessoas em 2022 para 8,7 milhões de pessoas no ano seguinte). 

“Pelo MDS, vamos alcançar quem ainda está em insegurança alimentar: 2025 será o ano de tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome e com os mais baixos níveis de miséria, pobreza e desigualdade da história do Brasil”, enfatizou.

Pelas projeções a partir do relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo”, o Sofi, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), o triênio 2023, 2024 e 2025 vai apresentar uma prevalência média de subnutrição de 2,4%, o que retiraria o país do Mapa da Fome novamente, como ocorreu em 2014. O critério da FAO é de 2,5%. 

O Sofi trabalha com dados trienais e em 2025 será o primeiro recorte com números apenas da gestão do presidente Lula. A projeção confirma a tendência de queda da prevalência de subnutrição no Brasil nos últimos dois anos. Em 2022, ela era de 4,2%. Em 2023, o percentual caiu para 2,8%. A previsão para 2024 é de 2,4% e para 2025 de 2%. 

Durante o encontro, o presidente Lula destacou a importância de garantir preços mais acessíveis para os alimentos de acordo com o poder de compra da população e reforçou o compromisso de garantir alimentos para quem mais precisa. “É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, afirmou.

Redução da Pobreza

No mesmo caminho, a pobreza e a extrema pobreza registraram os menores índices da série histórica do IBGE. Em 2021, a taxa de pobreza no país atingiu seu ápice, com 36,7% da população brasileira nesta situação. Em 2023, o índice já havia caído para 27,4%. E a estimativa para 2024 é de 25%. 

A extrema pobreza também atingiu seu maior patamar em 2021, com 9% da população. Dois anos depois, ela estava em 4,4% e a projeção para 2024 é de 4%. “Crescemos na economia e no social em 2023 e 2024 e vamos seguir crescendo em 2025 ainda mais”, reforçou o ministro Wellington Dias.

Entre junho de 2023 (quando o Cadastro Único começa a ter informações novamente qualificadas) e dezembro de 2024, 1,5 milhão de famílias deixaram de ter baixa renda. Entre junho de 2023 e dezembro de 2024, 972 mil pessoas do CadÚnico alcançaram a classe média (renda individual de R$ 3.400 ou mais).

As ações refletiram no índice Gini, que mede a desigualdade social de um país. Em 2023, ele foi de 0,518, o mais baixo nível de desigualdade da série histórica.

Emprego

Os resultados das ações de inclusão socioeconômica com apoio ao emprego e empreendedorismo também foram abordados pelo ministro. De acordo com levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), mais de 91% dos empregos formais criados entre janeiro de 2023 e setembro de 2024 foram para inscritos no Bolsa Família e Cadastro Único. 

O Programa Acredita no Primeiro Passo, iniciativa que apoia os empreendedores inscritos no CadÚnico, superou R$ 1,6 bilhão em microcrédito em mais de 130 mil operações em 2024. “O que foi plantado nos últimos dois anos permitirá mais desenvolvimento e onde houver desemprego, vamos levar mais empregos e apoio ao empreendedorismo”, enfatizou o titular do MDS.

Estudo do Sebrae mostra que 30% dos 15,5 milhões de MEIs do Brasil, cerca de 4,63 milhões, estão inscritos no Cadastro Único e Bolsa Família.

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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