A Escola de Samba vence o concurso do Grupo Especial pela primeira vez.
A escola Águia de Ouro pela primeira vez na sua história conquistou o título do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo. Localizada no bairro da Pompéia, a agremiação levou o título com 269,9 pontos. Em 2020 a escola apresentou o tema “O Poder do Saber – Se saber é poder… Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Foram rebaixadas ao Grupo de Acesso a X-9 Paulistana e Pérola Negra.
“A única coisa que vai mudar o Brasil é a educação. E nós colocamos isso na avenida. E o público entendeu”, Sérgio Machado, diretor de alegoria da Águia, logo após a conquista.
Classificação final
1º Águia de Ouro – 269,9pts
2º Mancha Verde – 269,8pts
3º Mocidade Alegre – 269,7pts
4º Acadêmicos do Tatuapé – 269,7pts
5º Vila Maria – 269,5pts
6º Rosas de Ouro – 269,5pts
7º Dragões da Real – 269,5pts
8º Tom Maior – 269,3pts
9º Império de Casa Verde – 269,2pts
10º Barroca Zona Sul – 269pts
11º Gaviões da Fiel – 268,9pts
12º Colorado do Brás – 268,7pts
13º X-9 Paulistana – 268,4pts
14º Pérola Negra – 267,6pts
O desfile
Fundada em 1976, a escola nunca foi campeã do Grupo Especial do carnaval paulista até chegar o ano de 2020. A agremiação mostrou, na madrugada do sábado (22) os lados bom e ruim do uso da sabedoria – desde a invenção da roda até tragédias como a bomba atômica. O terceiro carro lembrou o bombardeio de Hiroshima, no final. 120 pessoas fizeram uma encenação sobre a devastação. Algumas delas eram parte da comunidade japonesa de São Paulo.
Foi a estreia do carnavalesco Sydnei França na Águia de Ouro. Ele já fez 11 desfiles pela Mocidade Alegre, foi carnavalesco da Vila Maria e também da Gaviões da Fiel.
O desfile foi dividido em cinco setores. O primeiro falou sobre a pré-história e os primeiros passos do conhecimento, como a ala que representou o fogo, a agricultura e a roda.
A segunda parte falou sobre a sabedoria intelectual, que levou ao desenvolvimento da comunicação e da cura. O setor não fala só de ciência, mas também da arte, da fé e até do sistema de classes, representada por faraós e escravos.
O terceiro setor mostrou inventos tecnológicos e avanços científicos. Foram representados, por exemplo, Santos Dumont e o avião, Albert Einstein e a teoria atômica. Foi neste trecho que apareceu o carro com o alerta sobre a bomba atômica e o conhecimento usado para a destruição.
O quarto setor exaltou a educação, inclusive no Brasil, com um carro em forma de escola com homenagem a Paulo Freire.
O último projetou um futuro em que a tecnologia, inclusive a dos robôs, promove valores de justiça social e sustentabilidade.
Jornal de Jundiaí