O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, 55, deixou nesta quinta (9) a terapia intensiva onde estava internado desde a noite de segunda (6), no hospital Saint Thomas, em Londres, por complicações da Covid-19 (doença provocada pelo coronavírus).
Segundo o comunicado do governo britânico, “ele está extremamente de bom humor”. Boris permanece no hospital, “onde receberá um monitoramento rigoroso”.
Diagnosticado no final de março, o premiê havia se autoisolado, mas febre e tosse persistiram por mais de uma semana, levando-o a se internar no hospital no último domingo (5). Na segunda, com nova piora, foi internado na UTI para fazer tratamento com oxigênio. Não chegou a ser intubado.
A melhora do primeiro-ministro foi anunciada no mesmo dia em que seu adjunto durante a internação, o primeiro secretário de Estado, Dominic Raab, afirmou que a quarentena ficará em vigor no país até seja ultrapassado o pico de contágio.
Na previsão do IHME (Institute for Health Metrics and Evaluation), isso deve ocorrer por volta de 18 de abril. O governo britânico não informou quando o primeiro-ministro volta às suas funções, e reforçou o pedido para que as pessoas não saiam de casa no feriado.
Segundo o principal conselheiro de saúde, Patrick Vallance, há sinais de que as internações em hospitais e UTIs estão “se estabilizando” após as medidas de distanciamento social. Vallance é apontado como o mentor da estratégia inicial de Boris Johnson, uma das menos restritivas dentre as adotadas na Europa para segurar a pandemia de coronavírus. Em meados de março, quando a Itália já havia decretado quarentena e aulas haviam sido suspensas em vários países europeus, o Reino Unido ainda considerava a medida desnecessária.
Com a piora no número de casos e mortes, passou a restringir progressivamente as atividades, até decretar quarentena no final de março. Até as 16h (horário do Brasil) desta quinta, o Reino Unido era o sétimo país com maior número de casos confirmados de coronavírus (65.077) e o quinto em mortes (7.978). Houve 881 mortes nas 24 horas anteriores.
A noiva de Boris Johnson, Carrie Symonds, 32, que está grávida, também teve sintomas de Covid-19, mas se recuperou após uma semana de autoisolamento.
Fonte: FolhaPress