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Porta-voz do Talibã diz que ‘Afeganistão será livre de drogas’

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Autoridades internacionais alegam que os negócios do grupo prosperam devido ao tráfico de drogas, de extorsão e cobrança impostos de fazendeiros.

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (17), um porta-voz do grupo islâmico Talibã disse que o Afeganistão será livre de drogas. No último fim de semana, o grupo extremista tomou a cidade de Cabul, capital do país, retomando o poder após quase 20 anos.

“A partir de agora ninguém mais estará envolvido no tráfico de drogas no Afeganistão, seremos um país livre de drogas”, afirmou Zabihullah Mujahid.

Em 2016, a Forbes listou o grupo como o quinto mais rico entre 10 organizações consideradas terroristas. Segundo a revista, o faturamento do Talibã era de US$ 400 milhões na época.

Autoridades internacionais alegam que os negócios prosperam devido ao tráfico de drogas, de extorsão e cobrança impostos de fazendeiros de papoula (matéria-prima da droga ópio), da mineração e de doações de fundos de assistencialismo.

Um relatório desenvolvido pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), estima que o orçamento do grupo para atuar em 2019 e 2020 foi de US$1,6 bilhão, sendo que a maioria vindo de fontes ilícitas.

Segundo o porta-voz, a ideia do grupo que retomou o poder no país do Oriente Médio é manter os postos internacionais, como embaixadas e representantes políticos e não “ameaçá-los”.

“Nós queremos assegurar todos os postos internacionais, as embaixadas, os representantes políticos, que não queremos ameaçá-los”, disse.

Zabihullah Mujahid (C), porta-voz do Talibã, em entrevista coletiva em Cabul – Foto: Rahmat Gul

O porta-voz do grupo islâmico garantiu ainda que “nenhum mal será causado a ninguém fora do Afeganistão” e, que por este motivo, a comunidade internacional “não deve se preocupar”. Além disso, ele ressaltou que a imprensa “será livre e independente”.

“Nós concedemos perdão a todos os tradutores ou empregados que trabalhavam para poderes estrangeiros, não haverá vingança contra eles”, alegou. “Mas nós gostaríamos que a mídia fosse imparcial, que tenha algum nível de crítica, seja independente”.

Invasões de casas ou ação contra mulheres

Na coletiva desta terça-feira (17), o porta-voz Zabihullah Mujahid disse ainda que não haverá invasões de casas ou discriminação de mulheres.

“Baseados na Sharia, as mulheres são partes importantes da sociedade. Não haverá nenhuma discriminação contra as mulheres”, disse.

Além disso, ele garantiu que as mulheres terão os direitos garantidos nas leis do Islã, entre eles, a garantia de que elas possam trabalhar.

“Nós vamos permitir que as mulheres trabalhem, elas são um segmento importante da sociedade. Nós estamos garantindo todos os direitos delas, nas leis do Islã”, disse.

Com informações da CNN

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