O decreto de outubro do ano passado estabelecia o prazo de 180 dias para que a regularidade do transporte fosse estabelecida na capital.
Após cinco meses desde a decretação do estado de calamidade no transporte público de Teresina e nenhuma medida efetiva para solução dos problemas do sistema, o prefeito Dr. Pessoa (MDB) voltou atrás e revogou o decreto nº 21.640, que reconhecia a calamidade do transporte urbano da capital.
“Fica revogado o Decreto nº 21.640, de 28.10.2021, que “Declara Estado de Calamidade Pública e determina a Intervenção Administrativa na prestação do Serviço de Transporte Coletivo Urbano no Município de Teresina e assume a operação”, trouxe um artigo do decreto publicado nesta segunda-feira (14/03).
A Prefeitura alegou que o transporte coletivo urbano municipal é serviço público de natureza essencial cuja prestação não pode sofrer solução de descontinuidade, o que contradiz a intenção do decreto anterior, que era de interferir nos serviços e contratar novas empresas para operar o transporte público.
O decreto de outubro do ano passado estabelecia o prazo de 180 dias para que a regularidade do transporte fosse estabelecida na capital. Ao revogar esses termos antes mesmo do vencimento do documento, a Prefeitura de Teresina reconhece a incapacidade de apresentar solução.
No período que o decreto esteve em vigor, a gestão municipal transferiu para a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB), pasta comandada pelo advogado João Pessoa, o Pessoinha , filho do prefeito, o comando da bilhetagem do transporte coletivo .
Greve
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí, o Sintetro, marcou para o próximo dia 21 de março uma greve dos motoristas e cobradores de Teresina . A informação foi divulgada pelo presidente do sindicato, Antônio Cardoso. A decisão foi tomada pelos trabalhadores em assembleia realizada na última sexta-feira (11).