Pílula contra ressaca começa a ser vendida no Reino Unido; entenda como funciona

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Depois de uma noite divertida e regada a drinques saborosos, chega a triste realidade da ressaca. Dor de cabeça, mal-estar e náuseas são comuns para boa parte das pessoas que exageram no consumo do álcool.

É para esse público que uma nova pílula foi lançada no Reino Unido. Ela busca diminuir a ressaca por meio de organismos presentes em sua fórmula.

Chamado de Myrkl, o produto é composto de micro-organismos vivos que, ao serem ingeridos, convertem o álcool em gás carbônico e água. Isso evita as substâncias que causam as complicações comuns depois da ingestão de bebida alcoólica.

O álcool normalmente é metabolizado pelo fígado. Neste processo, ele pode resultar em ácidos tóxicos, como o etanoico, que afetam o bem-estar da pessoa. A ideia do Myrkl é agir antes que esse processo de metabolizar o álcool ocorra.

O produto é desenvolvido pela empresa de Faire Medical (DFM) e é comercializado em um site próprio. Uma caixa com três comprimidos custa £ 30 (aproximadamente R$ 192), mas os itens esgotaram.

Para funcionar, a empresa indica que é necessário tomar dois comprimidos do produto com no mínimo uma hora de antecedência da ingestão de bebida alcoólica.

O Myrkl é um probiótico –aqueles produtos que contêm em sua fórmula micro-organismos vivos. Ele libera as substâncias presentes no produto –entre as quais, bactérias do gênero bacillus– no intestino da pessoa que consome a pílula.

Essas bactérias são reconhecidas por terem a capacidade de converter o álcool em gás carbônico e água antes que ele seja metabolizado pelo fígado. É por essa razão que o produto consegue evitar a tão indesejada ressaca já que a bebida não resultaria em ácidos tóxicos.

Um estudo foi publicado em junho para medir os benefícios do produto. No artigo, os autores relataram possíveis conflitos de interesse por razão da pesquisa ter sido financiada pela DFM -a empresa produtora do Myrkl. Além disso, alguns dos autores têm vínculo direto com a DFM, como um deles que é sócio e fundador.

Essa investigação contou inicialmente com 24 pessoas que foram divididas em grupo experimental –usou o produto em si- e um grupo placebo -consumiu farinha de arroz. Os participantes utilizaram o produto por uma semana em conjunto com a ingestão de bebida alcoólica.

No final do estudo, os pesquisadores observaram uma queda média de 70% dos níveis de álcool no sangue no grupo experimental após 1 hora da ingestão de bebida alcoólica em comparação com os participantes que tomaram o placebo. Esse seria um indicativo da eficácia do produto.

Mesmo assim, os autores apontam algumas limitações do estudo. Além do conflito de interesse que pode existir, a pesquisa contou com um número pequeno dos participantes -dos 24 que estavam no início da pesquisa, somente 14 participantes compuseram a análise final por causa de critérios de exclusão.

Com informações do Folhapress

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