O principal alvo é o prefeito Fábio Gentil. Na casa dele foram encontrados R$ 95 mil em espécie.
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (19) uma operação que visa desarticular um grupo que estaria realizando fraudes por meio de dispensa de licitação em contratos com a Prefeitura de Caxias, no qual foram desviados recursos públicos da saúde que deveriam ser aplicados no combate à pandemia da Covid-19.
O principal alvo da operação é o prefeito de Caxias, Fábio Gentil, que seria um dos líderes do esquema. Na casa dele foram encontrados R$ 95 mil em espécie.
A PF afirma ainda que tem vídeos em que os investigados aparecem negociando o repasse de recursos públicos com as empresas, além da nomeação de cargos na Prefeitura, em troca da obtenção de vantagens indevidas.
O g1 entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Caxias e do prefeito Fábio Gentil (Republicanos) para se posicionarem sobre a operação da PF, mas ainda não houve retorno.
A operação
A operação foi batizada como ‘Arconte’ e conta com apoio da Controladoria-Geral da União, no qual estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça com a ação de 160 policias federais e quatro servidores da CGU.
Além de Caxias, policiais também estão cumprindo mandados em São Luís e São José de Ribamar. No Piauí, há equipes em Teresina e Cajueiro da Praia.
O esquema
Segundo a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União identificou que haviam 52 empresas com potencial para serem contratadas para a utilização dos recursos federais enviados para o combate à pandemia.
No entanto, a Prefeitura de Caxias teria dispensado as licitações para direcionar o dinheiro somente para servidores públicos, particulares, além de empresas ligadas aos líderes do esquema.
Somente em relação a duas empresas investigadas foi realizado o repasse total de aproximadamente R$ 9,45 milhões, segundo a PF. Além disso, na casa de um servidor que atuava como Coordenador Financeiro da Secretaria Municipal de Saúde em Caxias, foram encontrados R$ 86 mil.
Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão.
Por g1 MA — São Luís