“Fumar cotonete”: entenda os riscos da nova moda entre crianças e adolescentes nas redes sociais

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A ação, que preocupa especialistas, pode causar asmas, bronquites e até mesmo doenças mais graves como câncer.

Uma nova moda entre as crianças e adolescentes nas redes sociais está preocupando pais e acendendo o alerta em médicos e especialistas. Em vídeos curtos, eles fumam cotonetes. Isso mesmo, queimam o algodão, o plástico e aspiram a fumaça tóxica que surge da junção dos dois. Na prática, o item tem o propósito de remover cera dos ouvidos, limpeza mais externa das orelhas e aplicações específicas, como, mais recentemente, exames de Covid-19.

Especialistas em saúde são enfáticos ao dizer que isso ão pode ser feito e repetido de forma alguma, visto que pode desencadear doenças graves respiratórias como bronquite, asma, ou formais mais graves como a bissinose, doença ocupacional de trabalhadores da indústria do algodão.

Divulgação

Quando submetidas à queima, as hastes plásticas e o algodão geram substâncias tóxicas em forma de fumaça. De modo geral, inalar qualquer tipo de fumaça resultante de queima de algum material tem riscos potenciais. Mas o plástico e o algodão causam problemas bem específicos.

A bissinose é gerada a partir da inalação forçada do linho, cânhamo e o algodão. A doença estreita as vias respiratórias e leva a uma respiração ruidosa (com chiado) e sensação de pressão no tórax, e consequentemente, com o tempo reduz a função do pulmão até o órgão parar de funcionar.

O algodão queimado ainda pode causar broncoespasmos, ou seja, o inchaço e fechamento das vias respiratórias que impedem o ar de circular dentro do sistema respiratório. A pessoa pode ter falta de ar, tosse, e, em casos mais graves, uma parada cardiorrespiratória. Além disso, pode também desenvolver doenças respiratórias crônicas e risco de internações.

Essas fibras presentes no algodão não se desfazem e nem são expelidas tão rapidamente.

Com o plástico não é muito diferente. Quando submetido à combustão, ele libera vários tipos de substâncias que, se inaladas, podem causar sufocamento e gerar crises de alergias e asma. A exposição prolongada pode causar a formação de câncer, doenças cardíacas, além de irritar olhos, garganta e provocar náuseas e dor de cabeça.

Prevenção e tratamento

Especialistas afirmam que a primeira atitude que deve ser feita é parar imediatamente com essa prática e não a repetir em casa, entretanto, se já foi feito e ainda continua por um tempo, devem procurar um especialista, como um pneumologista, principalmente se já apresentarem sintomas persistentes, como: tosse, chiado, falta de ar e dor no peito.

Por O Globo — São Paulo

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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