Os fiscais do órgão visitaram as escolas da rede pública de ensino, em 30 cidades do Piauí
O relatório final da Operação Educação, realizada pelo Tribunal de Contas do Piauí (TCE-PI), apontou que 100% das escolas visitadas pelas equipes de auditores não possuem laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros. Ao todo, foram vistoriadas 40 escolas da rede pública de ensino, em 30 cidades do Piauí, entre os dias 24 e 26 de abril.
O presidente do TCE-PI, conselheiro Kennedy Barros, em entrevista à TV Clube, disse que as unidades vistoriadas possuem déficits na estrutura física e administrativa. Dentre outras situações, os técnicos relataram a ausência de portas em banheiros e mecanismos adaptados para pessoas com deficiência.
“Faltam carteiras, merenda, merenda de baixa qualidade, limpeza das escolas, situação de tomadas expostas com risco de choque elétrico, falta de biblioteca, estrutura de incêndio. Quando tinha extintor, o hidrante estava vencido. O que o Tribunal busca é normalizar as situações”, relatou.
Problemas estruturantes
Durante as vistorias, as equipes constataram que 85% das escolas dispõem de algum recurso de acessibilidade, porém, em 67,5% foram observadas desconformidades aparentes.
Quanto à infraestrutura básica, em 50% das escolas visitadas foram constatadas portas quebradas ou a ausência delas nos banheiros; em 75% das escolas não havia papel higiênico e em 85% não havia sabão para higienização das mãos.
Em 70% das escolas, as instalações do banheiro não estavam adaptadas para pessoa com deficiência.
Entre outros dados, destaque, ainda, para o saneamento básico: embora o abastecimento de água em 18 escolas não seja feito pela rede pública, apenas em uma escola foi constatado o certificado de potabilidade da água e em 62,5% das escolas visitadas não havia coleta de esgoto.
Trabalho contínuo
Segundo Kennedy Barros, o resultado da inspeção foi encaminhada ao gestor em educação de cada município e serão acompanhadas pelo órgão. O TCE-PI deve inspecionar as demais escolas do estado e manter o acompanhamento das unidades já vistoriadas.
“A gestão da educação é muito ampla, porque são muitas escolas. Você não pode dizer que o secretário de Educação, que está centralizado, tem conhecimento de tudo que tem na escola. Então, daí a necessidade de um controle interno para lhe manter atualizado de tudo o que está acontecendo”, disse.
Por Jonas Carvalho – Portal Clubenews