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Mulher é expulsa da PM após denunciar que adquiriu depressão na corporação

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A Polícia Militar de Pernambuco cita as críticas feitas por Mirella Virginia como uma questão de disciplina

A soldado Mirella Virginia Luiz da Silva, de 25 anos, foi expulsa da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) após postar um vídeo em que denunciava ter adquirido depressão na corporação. A decisão foi publicada no dia 1º de setembro deste ano, com assinatura da secretária de Defesa Social, Carla Patrícia Cintra Barros Cunha. Agora, porém, Mirella tenta reaver seu posto na corporação.

No vídeo, que foi publicado no Youtube em setembro de 2021, Mirella diz que assumiu o cargo na PM aos 20 anos e, com o passar do tempo, foi diagnosticada com depressão, quadro que, segundo ela, se agravou. A também estudante de direito fez uma série de acusações contra a corporação durante o desabafo, que durou 20 minutos. 

Foto: Reprodução/Instagram

“Eu lutei muito contra essa doença, contra esse problema que eu adquiri dentro da instituição, que é uma instituição doente, que tem muitas pessoas boas, mas que é uma instituição doente. Porque a gente vê um jogo de poderes muito grande de pessoas que se superestimam por estarem envergando uma farda em postos superiores”, diz Mirella. 

As queixas foram suficientes para que fosse aberto um processo administrativo contra a soldado. Um ano depois, saiu a decisão de que ela estava expulsa, citando as críticas feitas por Mirella como uma questão de disciplina. 

Pedido de socorro 

Ao Terra, a soldado, porém, explica que a intenção do vídeo foi chegar às instâncias superiores da PM, mas como um pedido de socorro. 

“Eu imaginei que eles [a Corregedoria] iriam apurar tudo o que aconteceu, mas não. Eles instauraram processo administrativo contra mim, que era a vítima. Eu já tinha passado por assédio das mais diversas formas, e eu achei que teria abertura para que fosse investigado, e que eu fosse acolhida, não culpabilizada”, afirma. 

No mesmo documento em que é anunciada a expulsão de Mirella da PM de Pernambuco, ela se queixa que há mais agentes que foram expulsos, mas por casos que seriam mais graves. “Foi assinado junto com a expulsão de outros três policiais que tinham cometido crimes dolosos contra a vida”, diz. 

Após a expulsão, Mirella pode recorrer com recursos administrativos e também pela judicialização do caso. 

O que diz a decisão da Secretaria de Defesa Social

O Terra tentou contato com a Secretaria de Defesa Social (SDS), mas não obteve retorno até esta publicação. No entanto, com base na decisão que foi assinada no início deste mês, a secretaria cita alguns pontos que levaram à expulsão de Mirella.

O texto diz que a Junta Militar de Saúde da PMPE considerou que Mirella tem “condições de responder ao vertente processo, bem como que, na época dos fatos em apuração, ela não apresentava diminuição ou supressão da sua capacidade de entendimento da ilicitude da conduta, nem da sua autodeterminação, não se encontrando na condição de inimputável”. 

Além disso, afirma que ela não se adaptou à rotina da Polícia Militar e que a sua permanência na corporação traria apenas prejuízos para ambas as partes. 

Redação Terra

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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