Nicolás Maduro é um dos primeiros a votar e diz que reconhecerá resultado

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Presidente está há 11 anos no poder e tenta sua reeleição para um terceiro mandato em um cenário de incerteza.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que tenta se reeleger para um terceiro mandato, votou na manhã deste domingo (28), logo após a abertura das urnas, no Forte Tiuna, a maior instalação militar venezuelana, na capital Caracas.

Eleição na Venezuela — Foto: Juan Silva/g1

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, os boletins oficiais e garantirei que sejam respeitados”, disse Maduro a repórteres, após deixar o local de votação.

Por sua vez, ele convocou os outros nove candidatos “que respeitem, façam cumprir e declarem publicamente que respeitarão o boletim oficial” emitido por autoridades eleitorais.

“Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, afirmou, em 17 de julho.

A declaração enfrentou reação de outras autoridades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que ficou assustado com a declaração e que “a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo”.

Um dia depois, Maduro alegou que não disse nenhuma mentira, apenas uma reflexão, e rebateu: “Quem se assustou que tome um chá de camomila”.

Coalizão de oposição

Maduro enfrenta Edmundo Gonzáles, candidato da frente de oposição, que, pela primeira vez em anos, vê chances reais de derrotar o chavismo, o que encerraria um ciclo que começou há 25 anos, com Hugo Chávez.

O presidente venezuelano está há 11 anos no poder e chegou à presidência da Venezuela depois da morte de Hugo Chávez, em 2013. Naquele ano, Maduro foi eleito por uma pequena diferença de votos.

Maduro é impopular entre muitos eleitores. A derrocada do preço do petróleo, a corrupção e a má gestão econômica mergulharam o país em uma grande crise. Jovens tiveram de desistir do sonho da faculdade, crianças passaram fome e milhões emigraram.

González, principal candidato de oposição, é um ex-diplomata de 74 anos. Ele encabeça a chapa da coalizão “Plataforma Unitária Democrática (PUD)”. A nomeação dele foi feita após as opositoras María Corina Machado e Corina Yoris serem impedidas pelo regime de Maduro de concorrer.

Eleição na Venezuela — Foto: Juan Silva/g1
Eleição na Venezuela — Foto: Juan Silva/g1
Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Sede própria da Câmara de Jerumenha será inaugurada na quarta-feira, 10 de dezembro

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. A Câmara Municipal de Jerumenha inaugura, na quarta-feira, 10 de dezembro, sua sede...

Wellington Dias: “SUAS foi decisivo para tirar o Brasil do Mapa da Fome”

Evento celebra 20 anos do SUAS e reúne especialistas, gestores e sociedade civil para debater avanços e desafios da...

Mulheres vão às ruas em todo país para protestar contra o feminicídio

Mobilização nacional foi convocada após crimes recentes Mulheres de diversas cidades brasileiras irão às ruas neste domingo (7) para denunciar...

Cid Gomes contraria Ciro e apoia reeleição de petista ao Governo do Ceará

Cid também classificou como “constrangedora” a aproximação de Ciro com apoiadores do Jair Bolsonaro. O senador Cid Gomes (PSB-CE) anunciou...
spot_img

Inscrições do concurso do IBGE encerram dia 11 de dezembro

As vagas estão distribuídas em todas as agências do IBGE no estado. O prazo para inscrição no Processo Seletivo Simplificado...

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários

Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus...
spot_img

Posts Recomendados