Na reunião do Diretório Nacional do PT, logo após o segundo turno das eleições, a presidente nacional do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), que conduziu os debates no auditório Marco Aurélio Garcia, em Brasília, disse aos correligionários que era preciso saber “como que a gente fala com esse trabalhador que não quer carteira assinada”.
Segundo a comunicação do próprio partido, a deputada estava a reconhecer a necessidade da sigla “modular o discurso em um cenário de mudanças sensíveis no mercado de trabalho, a exemplo da expansão dos serviços por plataformas”.
“O que eu disse é que não dá pra deixar pra trás também quem nos trouxe até aqui. Nós também temos uma quantidade grande de trabalhadores assalariados, de trabalhadores que têm carteira assinada e que também precisam da nossa defesa, como a gente sempre fez. Mas nós precisamos saber como que a gente fala com esse trabalhador que não quer carteira assinada. Ele não quer muitas vezes nem ter direito”, pontuou.
Em dezembro o partido, que saiu menor dessas eleições, deve realizar o seminário que tem como tema a “Nova sociedade brasileira e os desafios do PT”.
Lá será discutido assuntos como “as novas realidades do mercado de trabalho e das formas de comunicação”.