Declaração ocorre após nova fase de operação da PF que apura desvios bilionários.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (18) que todas as pessoas eventualmente envolvidas no esquema de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS serão investigadas e punidas, independentemente de vínculos pessoais ou políticos.

A declaração foi feita durante um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, horas após a Polícia Federal deflagrar uma nova fase da operação Sem Desconto, que apura desvios ilegais em benefícios previdenciários. Segundo Lula, parte das informações segue sob sigilo, mas a apuração deve alcançar todos os responsáveis.
“É importante ter seriedade para investigar todas as pessoas envolvidas. Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu envolvido nisso, ele será investigado”, afirmou o presidente.
Nesta etapa da operação, a Polícia Federal prendeu o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, que foi exonerado do cargo. Também foram detidos Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes — conhecido como “Careca do INSS” —, e Eric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do instituto, André Fidelis.
As investigações tiveram início em abril, quando a PF identificou um esquema criminoso responsável por descontos irregulares aplicados diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. De acordo com os investigadores, o montante desviado pode chegar a R$ 6,3 bilhões.
O caso levou à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, que acompanha os desdobramentos das apurações. O governo federal afirma colaborar com as investigações e reforça o compromisso com a responsabilização dos envolvidos.
Com informações do G1







