Recursos para pessoas de baixa renda somam mais de 169 mil operações subsidiadas por fundo garantidor do Governo do Brasil. Iniciativa ainda promoveu a qualificação de mais de 560 mil pessoas
O Programa Acredita no Primeiro Passo se consolidou como uma das mais inovadoras e abrangentes políticas públicas de inclusão socioeconômica do Brasil. A iniciativa registrou mais de 169 mil operações de microcrédito, totalizando um repasse superior a R$ 1,5 bilhão para famílias inscritas no Cadastro Único em um ano.
Desse valor, 68% foi destinado às mulheres, público prioritário da política pública. Somando o Agroamigo e o Procred, são R$ 11 bilhões em investimentos. Para o ministro Wellington Dias, a ação é responsável por promover autonomia financeira às pessoas em vulnerabilidade.

“Ao oferecer oportunidades reais de capacitação, inserção no mercado de trabalho e criando condições para as pessoas empreenderem, o Acredita no Primeiro Passo abre portas para que nossos jovens possam construir um futuro com dignidade, esperança e autonomia”, destacou.
O Acredita é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e tem como propósito mobilizar oportunidades reais de geração de trabalho e renda, a partir de três eixos: acesso ao emprego, qualificação profissional e apoio ao empreendedorismo.
Recente levantamento do MDS e do Sebrae revelou que 2,5 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único abriram MEI após entrar no sistema do Governo do Brasil, que é a porta de entrada para os programas sociais.
“Acreditar no primeiro passo é acreditar no poder da educação, na força da perseverança e na possibilidade de transformação social. É o Brasil dando a mão para sua população, mostrando que o futuro se constrói hoje, com políticas públicas que verdadeiramente fazem a diferença”, prosseguiu Wellington Dias.
Emprego e qualificação
Em 2023, antes mesmo de o programa ter sido instituído (Lei nº 14.995), já se observava o impacto da política: do total de postos de trabalho gerados no país, 1,05 milhão (53%) foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, e 418 mil (21%) por outros inscritos no CadÚnico, somando 74% das novas contratações.
Com o lançamento do Acredita no Primeiro Passo em 2024, essa presença aumentou significativamente: 98,8% dos empregos gerados foram ocupados por pessoas inscritas no CadÚnico, sendo 75,5% por beneficiários do Bolsa Família.
Em 2025, entre janeiro e agosto, o Caged registrou um total de 1.501.930 empregos formais, dos quais 1.254.245 (83,5%) foram conquistados por pessoas inscritas no CadÚnico, incluindo 912.977 beneficiários do Bolsa Família, que correspondem a 60,8% do saldo de empregos no período.
“Esses números traduzem uma mudança estrutural no mercado de trabalho brasileiro: o trabalhador de baixa renda, antes invisibilizado, torna-se protagonista de uma nova fase da economia nacional, mais inclusiva, justa e com mais oportunidades”, pontuou o secretário de Inclusão Socioeconômica do MDS, Luiz Carlos Everton.
No eixo da qualificação profissional, o programa colabora para elevar a produtividade do trabalho e a empregabilidade dos cidadãos, conectando a formação às demandas reais do setor produtivo.
Com o apoio da rede federal de ensino técnico e profissionalizante, e de instituições parceiras privadas, o Acredita promove a capacitação orientada para as vocações econômicas de cada território, estimulando o crescimento com desenvolvimento social. Já foram qualificadas pro 560.660 vagas de qualificação profissional em todo o país para pessoas inscritas no CadÚnico.

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Parcerias
A atuação conjunta com empresas, universidades, conselhos profissionais e entidades da sociedade civil resultou em projetos inclusivos, como o Mais Motoristas, do SEST/SENAT; o Programa Autonomia e Renda, da Petrobras; os cursos de tecnologia promovidos pela Amazon, Huawei e Instituto Eldorado; além de formações técnicas organizadas pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e seminários voltados à formação de multiplicadores de ações de inclusão produtiva.
No eixo do empreendedorismo, o Acredita criou mecanismos que ampliam o acesso ao microcrédito produtivo orientado. Por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e de agentes estruturadores de negócios, o programa rompe as barreiras que antes limitavam o empreendedor de baixa renda, oferecendo garantias e apoio técnico que reduzem os riscos e custos financeiros.
Segundo o secretário Luiz Carlos Everton, os números expressam a essência da política: “O Acredita no Primeiro Passo colabora para que a política de proteção social, que faz a inclusão pelo trabalho, com valorização das competências e habilidades, promova cidadania e dignidade”.
Reconhecido por organismos internacionais como o Banco Mundial, BID, G20 Social, KfW e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o Acredita tem se consolidado como referência em políticas de inclusão produtiva e inovação social. Sua metodologia de articulação entre políticas públicas, empresas e território tem despertado interesse de governos e instituições em diferentes países, posicionando o Brasil na agenda da inclusão socioeconômica.
Projeções
As projeções para o segundo semestre de 2025 e o ano de 2026 apontam para o fortalecimento das parcerias institucionais, a ampliação das vagas de qualificação profissional, o lançamento do Selo Parceiro de Inclusão Socioeconômica, o aprimoramento dos sistemas de monitoramento e a realização da segunda edição do Prêmio Nacional de Inclusão Socioeconômica.







