A ajuda humanitária que o Ministério da Saúde brasileiro enviará ao Líbano nesta semana incluirá 300 ventiladores pulmonares mecânicos e 100 mil máscaras cirúrgicas, informou a pasta à CNN.
O ministério também mandará 16 médicos voluntários, entre ortopedistas e anestesistas, para atuar no reforço ao atendimento das vítimas feridas pela explosão em Beirute na semana passada.
Como a CNN noticiou na sexta-feira (7), a ajuda deve contar ainda com 30 medicamentos, entre eles, amoxicilina, benzilpenicilina, hipoclorito de sódio, ibuprofeno e paracetamol.
Segundo o Ministério da Saúde, os remédios e insumos devem ajudar no atendimento emergencial de até 1,5 mil pessoas por um período de três meses ou de até 4,5 mil pessoas em um mês.
Os equipamentos pesam 3,9 toneladas e devem embarcar nesta semana no KC-390, cargueiro da Força Aérea Brasileira que o governo destinou para transportar a ajuda humanitária ao Líbano.
Viagem na quarta
A previsão é de que o ex-presidente Michel Temer, convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar a missão, e outros integrantes da delegação embarquem para Beirute na quarta-feira (12).
O avião da Força Aérea Brasileira deve partir de São Paulo, onde já se encontra a maior parte dos medicamentos e insumos que o Ministério da Saúde enviará aos libaneses.
Além de Temer, a missão contará também com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, que também tem origem libanesa, como o ex-presidente da República.
Na manhã desta segunda-feira (10), Temer e Skaf participam de videoconferência com empresários e lideranças da comunidade libanesa no Brasil, para arrecadar mais doações para levarem na missão.
Para viajar, Temer precisará de autorização judicial, pois é investigado na Lava Jato. A defesa dele informou que o pedido de autorização já está pronto e será apresentado assim que os detalhes da missão forem fechados.
Por Igor Gadelha, CNN