Algodão orgânico em agrofloresta pode transformar a indústria têxtil no Brasil

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Todo sistema de plantio, colheita, refinamento e produção de peças passa a ser inteligente e diverso, melhorando a qualidade do solo e das plantas.

Sustentabilidade é um tema muito importante em todos os segmentos da sociedade. Discussão recorrente entre as indústrias, no segmento têxtil o tema tem conquistado maior espaço a cada tendência, transformando o comportamento de consumidores e empresas produtoras.

Diante desse cenário, uma importante iniciativa entre o hub de inteligência florestal Pretaterra e empresa brasileira especializada em projetos de supply chain regenerativos, a Farfarm, tem focado no cultivo de algodão em sistemas agroflorestais.

Essa ação conjunta de produção algodão orgânico em agrofloresta é capaz de fornecer uma fibra que reduz as emissões de GEE em 58% em relação ao cultivo do algodão convencional. Além disso, o cultivo também abre caminho para que outras espécies secundárias de valor ecológico e econômico sejam abraçadas.

Outro ponto importante da parceria é que a mesma apoia diretamente pequenos produtores, gerando baixo impacto socioambiental. O grande objetivo do projeto é congregar fatores ecológicos e econômicos, diversidade e sistematização operacional.

Dessa forma, todo sistema de plantio, colheita, refinamento e produção de peças de roupas, calçados e acessórios passa a ser inteligente e diverso, melhorando a qualidade do solo e das plantas, associando resiliência ambiental e produtiva, com oportunidade de mercado e satisfação dos consumidores conscientes e ligados ao tema de sustentabilidade no universo da moda.

Potencial do projeto

O projeto agroflorestal de algodão orgânico carrega um grande potencial em contribuir com a construção de uma lógica de economia regenerativa em torno da indústria têxtil que alimenta a indústria da moda.

Com uma mudança sistêmica e de estrutura, a indústria da moda pode contribuir para que  milhões de pessoas saiam da pobreza, além de conservar e restaurar o meio ambiente. Vale destacar, ainda, que o projeto se une aos esforços globais de sustentabilidade na indústria da moda em direção à regeneração do meio ambiente e à valorização das pessoas acima do “lucro a qualquer custo”.

Em todo o mundo, o algodão é a quarta cultura que mais consome agrotóxicos, cerca de 25% do total produzido. No Brasil, de todo agrotóxico consumido, 10% é aplicado nos sistemas de cultivo tradicionais do algodão. Por isso, iniciativas como esta restauram a importância de olhar para o meio ambiente e para os modelos sustentáveis de plantio, capazes de transformar, positivamente, toda a indústria têxtil.

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