A queda, de 3,6%, foi a segunda consecutiva após o anúncio da Petrobras; o valor chega a R$ 5,26, segundo levantamento da ANP
Dez dias após a redução nas refinarias, o preço dos combustíveis recuou nos postos do país. O valor médio da gasolina comum caiu, pela segunda semana seguida, mais R$ 0,20, indo de R$ 5,46 para R$ 5,26 — uma queda de 3,6%, entre os dias 21 e 26 de maio. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e foram divulgados na sexta-feira (26).
Desde o anúncio de corte da Petrobras, no último dia 16, a redução acumulada do combustível nos postos é de 4,2%, ou R$ 0,23 por litro.
Nesta semana, o maior recuo foi o do diesel S-10, de 4%, o 16º consecutivo. O litro do combustível caiu de R$ 5,46 para R$ 5,24, abaixo até do valor da gasolina. Já o etanol passou de R$ 4,09 para R$ 3,99, uma diferença de 3,74%.
O GLP, o gás de cozinha, teve redução de 2,6%, com o preço médio do botijão de 13 kg passando de R$ 108,72 para R$ 105,84.
No dia 17 de maio, começaram a valer nas refinarias as reduções de 12,6% no preço do litro da gasolina, de 12,8% para o do diesel e de 21,3% no do GLP. Mas, geralmente, a diminuição não é repassada de imediato ao consumidor.
Preocupada com o repasse dos valores, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, lançou na última quarta-feira (24) um canal de denúncia sobre preços abusivos. Além disso, está coordenando um mutirão nacional de fiscalização dos preços em postos de combustíveis pelo país.
Mudança na política de preços
O anúncio da redução no valor dos combustíveis nas refinarias ocorreu horas depois que a Petrobras alterou sua política de preços. Com a decisão, a companhia abandonou o PPI (preço de paridade de importação) como base principal para os reajustes. A medida atrelava os valores dos combustíveis aos do mercado internacional de petróleo.
O PPI tinha como objetivo evitar que os produtos tivessem baixa nos valores de forma artificial — ou seja, que os preços ficassem menores sem que o barril de petróleo em todo o mundo tivesse redução também.
A ferramenta estava em vigor desde 2016. Naquele ano, ela foi implementada pelo chefe da estatal indicado por Michel Temer, então presidente da República.
Logo no primeiro ano, mudanças foram estabelecidas, e foi definido que os reajustes poderiam acontecer diariamente.
ECONOMIA | Do R7