Apesar da decisão da OMS, MS manterá orientação sobre cloroquina

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

A declaração foi dada pela secretária de gestão em trabalho na saúde, Mayra Pinheiro.

Apesar de pesquisas internacionais recentes apontarem riscos no uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com coronavírus e de a OMS (Organização Mundial de Saúde) ter suspendido um estudo com o remédio em andamento por questões de segurança, o Ministério da Saúde manterá as orientações que ampliam o uso do medicamento.

© Shutterstock

A declaração foi dada pela secretária de gestão em trabalho na saúde, Mayra Pinheiro. “Estamos muito tranquilos e serenos em relação a nossa orientação”, disse nesta segunda-feira (25).

“Ela segue uma orientação feita pelo Conselho Federal de Medicina que dá autonomia para que os médicos possam prescrever essa medicação para os pacientes que assim desejarem. Isso é o que vamos repetir diariamente. Estamos muito tranquilos a respeito de qualquer entidade internacional cancelar seus estudos com a medicação, estudos de segurança”, afirmou.

Mais cedo, a OMS informou que suspenderá os estudos com a hidroxicloroquina e reavaliar sua segurança antes de retomá-los.

Nos últimos dois meses, a organização vinha coordenando em 18 países o estudo internacional Solidarity para avaliar a segurança e a eficácia de diferentes drogas no combate ao coronavírus: além de hidroxicloroquina, estão sendo testados cloroquina, remdesivir, lopinavir com ritonavir e esses dois medicamentos associados com interferon beta-1a.

Na última sexta, porém, a revista científica inglesa The Lancet publicou pesquisa feita com dados de 96 mil pessoas internadas com Covid-19 em 671 hospitais de seis continentes que aponta que o uso de hidroxicloroquina e cloroquina estava ligado a maior risco de arritmia e de morte em comparação com pacientes que não usaram os medicamentos.

Pinheiro disse que o ministério acompanha outros estudos em andamento. Segundo ela, os resultados citados pela OMS não são suficientes para que o ministério reveja sua posição.

“Não se trata de ensaio clínico, é um banco de dados coletado de vários países. Isso não entra como critério de estudo metodologicamente aceitável para servir como referência a nenhum país do mundo.”

O estudo citado pela OMS, no entanto, é considerado o mais completo já publicado sobre o uso da cloroquina no tratamento de coronavírus.

Com informações do Folhapress

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Justiça mantém prisão domiciliar e afastamento da vereadora Tatiana Medeiros de suas funções na Câmara

Decisão unânime mantém tornozeleira eletrônica e impede retorno da parlamentar ao cargo; julgamento deve ser concluído apenas em 2026. A...

Câmara de Jerumenha aprova PPA, LOA e outros projetos do Executivo por unanimidade

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. A Câmara Municipal de Jerumenha realizou, na noite desta terça-feira, 16 de dezembro,...

Concurso Seduc: publicado edital com salários de R$ 5 mil para professor no Piauí; confira

As inscrições começam no próximo dia 22 de dezembro e vão até o dia 20 de janeiro de 2026. Foi...

Cerca de 73% dos professores serão beneficiados pelo novo Imposto de Renda da Pessoa Física

Pelo menos 1,5 milhão de docentes da educação básica terão mais renda disponível e cerca de 620 mil deixam...
spot_img

Brasil pode ter seu 1º lançamento orbital da história nesta semana

Nesta quarta (17), a empresa sul-coreana de serviços de lançamento de satélites, INNOSPACE, anunciou o reagendamento do lançamento de...

Júlio César recebe apoio de Lula e avança projeto ao Senado em 2026

Encontro no Planalto fortalece aliança com Rafael Fonteles e articulação da base no Piauí. O cenário político para as eleições...
spot_img

Posts Recomendados