Como o prontuário eletrônico, a autodeclaração de raça e o nome social
O aplicativo Meu SUS Digital, que reúne as informações de saúde do usuário do Sistema Único de Saúde, passa agora a contar com a autodeclaração de raça, cor e nome social. Segundo o Ministério da Saúde, essas informações são muito importantes para o monitoramento de indicadores de saúde e o planejamento de políticas públicas.
A plataforma tem mais de 30 funcionalidades para a população, como certificados de vacinação, consulta da rede de atendimento, agendamento online para as unidades que já oferecem o serviço, acompanhamento da fila de transplantes e emissão da carteirinha de doador de sangue, além da possibilidade de avaliação do atendimento e do profissional.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, A secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, explicou que ainda está em estudo como os dados dessa avaliação vão ser tratados.
Outra nova funcionalidade destacada pela Secretária é a interface no aplicativo para que profissionais do SUS possam acessar durante a consulta, o prontuário eletrônico unificado, com o histórico de saúde do paciente,
O aplicativo faz parte do Programa SUS Digital lançado em março deste ano e que teve 100% de adesão dos municípios de todo o país. O governo federal destinou mais de R$ 460 milhões para as ações de transformação digital na saúde, nos estados e municípios.
Um dos focos do programa é a ampliação do serviço de telessaúde, que permite o acesso à diagnósticos e consultas especializadas à distância. De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos dois anos, foram realizadas 4,6 milhões de ações de telessaúde. A ministra Nísia Trindade lembrou que em torno de 10 mil Unidades Básicas de Saúde – UBSs serão conectadas ao sistema até 2026, com o investimento do novo Programa de Aceleração do Crescimento. A prioridade são as regiões de grande vazio assistencial, áreas indígenas, quilombolas e periferias.
Neste ano, o Ministério da Saúde implantou o primeiro ponto de telessaúde em um território quilombola, no Pará, que vai beneficiar a comunidade do Quilombo Boa Vista. Um ponto também foi instalado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, num projeto piloto para testar a expansão da iniciativa em periferias urbanas.
Por Fabiana Sampaio – Repórter da Rádio Nacional – Rio de Janeiro