Quase 15 mil notas falsificadas foram apreendidas no Estado pela Polícia Federal, entre os anos de 2016 e 2021.
Pouco mais de R$ 1 milhão em cédulas falsas foram retiradas de circulação no Piauí, nos últimos anos. A informação é do Banco Central, que regista a apreensão de quase 15 mil notas falsificadas no Estado, pela Polícia Federal, entre os anos de 2016 e 2021. Mais da metade do dinheiro ilegal retido é de notas de cem reais. Porém, cerca de uma centena de notas de 200 reais também já foram encontradas entre os falsários.
Conforme os dados, exatas 622 cédulas falsas foram apreendidas em território piauiense no ano passado, perfazendo R$ 57,3 mil. O número, porém, é menos da metade do que foi registrado em 2020, quando a PF retirou de circulação 1.255 notas ilegais, ou seja, uma queda de 50,5%, e quatro vezes menor que o verificado em 2019, com 2.850 cédulas retiradas do mercado.
Na verdade, 2021 foi o ano que menos registrou apreensão de dinheiro falsificado no Estado, desde o início da série histórica calculada pelo Banco Central. O recorde de apreensão no Piauí foi verificado em 2018, quando um total de 4.261 notas falsas foram retiradas de circulação do mercado piauiense, somando um valor de quase R$ 285 mil, metade dele em cédulas de R$ 100.
Nos últimos seis anos, os criminosos interceptados pela PF tentavam inserir R$ 1.091.101,00 falsos no mercado piauiense, sendo R$ 57.305,00 ano passado. Em 2020, esse valor era de R$ 93.637,00. Em 2019, de R$ 193.779,00. Em 2018, de R$ 284.976,00. Em 2017, de R$ 199.792,00 e em 2016 de R$ 261.612,00. Nesse período, foram recuperadas notas que valeriam de R$ 2 a R$ 200, esta última, apenas em 2021.
O crime de moeda falsa é previsto no artigo 289 do Código Penal Brasileiro (CPP), que prevê pena de reclusão de 3 a 12 anos. Podem ser autuados pelo crime tanto quem produz a moeda como quem adquire.
NOTA – APREENSÃO DE CÉDULAS FALSAS
A Polícia Federal conta com uma unidade responsável pela investigação e monitoramento de laboratórios de fabricação de cédulas falsas em todo o Brasil, a UNIDADE ESPECIAL DE REPRESSÃO À FALSIFICAÇÃO DE MOEDA – UERF/PF, cuja ação já resultou nos últimos dois anos na identificação e prisão de vários falsários responsáveis pela distribuição de cédulas falsas e, consequentemente, na queda no número de apreensões de 2020 a 2021.
Apesar desta redução, os números do Banco Central – BACEN não refletem exatamente as apreensões em procedimentos investigativos da Polícia Federal, visto que muito deste material é apreendido em rotinas operacionais das instituições financeiras e nem sempre é possível identificar os suspeitos de envolvimento na prática criminosa. As apreensões da PF ocorrem, em regra, quando há indícios de autoria e materialidade no crime.
As falsificações grosseiras diminuíram nos últimos anos, prevalecendo a apreensão de cédulas falsas com melhor qualidade de fabricação e que normalmente são adquiridas pela internet e despachadas como encomendas postais.
Comunicação Social da Polícia Federal no Piauí