Pressione Enter e depois Control mais Ponto para Audio

Butantan interrompe produção da CoronaVac por falta de matéria-prima

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Diretor do instituto afirmou na quarta-feira (7) que o processo de envase foi suspenso há dez dias Segundo o Butantan, atraso não vai impactar entregas ao Ministério da Saúde.

O Instituto Butantan suspendeu o envase de doses da vacina CoronaVac após atraso na chegada de matéria-prima vinda da China.

À GloboNews, o diretor do instituto, Dimas Covas, afirmou nesta quarta-feira (7) que o processo de envase foi suspenso há dez dias. Ele negou anormalidade no trâmite de entrega da CoronaVac e afirmou que houve um atraso no despacho de um lote de insumos da vacina produzida na China.

Visita de João Doria ao Instituto Butantan Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
  • CORONAVAC: entenda o papel da vacina e de outros imunizantes
  • VÍDEOS: raio X das principais vacinas contra a Covid
  • ENTENDA: perfil dos imunizantes e eficácia contra mutações

Segundo ele, o carregamento estava previsto para esta quinta-feira (8), mas deve chegar na próxima semana. O diretor do instituto disse ainda que o processo completo até a liberação das doses para o Ministério da Saúde dura cerca de 20 dias.

Dimas Covas afirmou também que o cronograma de entregas de vacinas à pasta está mantido. Desenvolvida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, a CoronaVac corresponde a mais de 80% das imunizações contra a Covid-19 aplicadas no Brasil.

O instituto informou que negocia com o governo chinês para receber as novas remessas e que toda a matéria-prima da vacina recebida da China já foi envasada.

“A matéria-prima está pronta para o embarque na China, houve um problema burocrático. Não há anormalidade. Não há retenção de vacina da China. Não há nenhum ruído de comunicação entre o Brasil e a China, nem entre o Butantan e a Sinovac”, afirmou Dimas Covas.

Em nota, o instituto informou que “todas as doses provenientes do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) recebido da China já foram envasadas”.

“Neste momento, cerca de 2,5 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controle de qualidade – parte integrante do processo produtivo – para serem entregues na semana que vem ao Programa Nacional de Imunizações. Desde janeiro o Butantan já entregou 38,2 milhões de doses da vacina ao país.”

O comunicado continua: “Com uma nova remessa de IFA, prevista para a próxima semana, será possível integralizar todas as 46 milhões de doses referentes ao primeiro contrato com o Ministério da Saúde até o dia 30 de abril”.

Dimas Covas afirmou à GloboNews que houve um adiantamento da entrega de março, mas não será possível fazer o mesmo para a entrega de abril: “Não vamos conseguir neste momento fazer o adiantamento, porque precisaria de mais IFA. Só vamos conseguir a partir de maio”.

Ainda de acordo com o diretor, existem cerca de 2,5 milhões de doses na fase de liberação nos próximos dias. A previsão de entrega para abril é de cerca de 7,5 milhões de doses, o que excede em cerca de 5 milhões a quantidade de doses em processo de liberação. Caso o lote de IFA não seja entregue nos próximos dias, o cronograma de entregas ao ministério pode ser afetado.

Aumento da vacinação na China

Nesta segunda-feira (5), o diretor do Butantan já havia reconhecido que a aceleração da vacinação na China pode afetar o fornecimento de matéria-prima de imunizantes contra a Covid-19 para o Brasil.

A exemplo da CoronaVac, a vacina da AstraZeneca/Oxford, importada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também utiliza insumos de origem chinesa.

Em entrevista à GloboNews na segunda, o diretor do Butantan disse que a demanda do governo chinês por mais vacinas preocupa.

“É uma preocupação. Essa demanda do governo chinês por vacinas pode, de certa forma, interferir no fornecimento de vacinas para o Brasil e para o mundo. No caso especifico do Butantan, nós não importamos vacinas prontas, importamos matéria-prima, isso dá uma certa tranquilidade”, afirmou.

“Nós temos tido uma conversa muito intensa para não ocorrer alteração neste fornecimento. É tudo que nós não precisamos neste momento. Até este momento tudo está correndo dentro do planejado.”

No final de março, a China ultrapassou os Estados Unidos e a Índia e voltou a ser o país com a maior quantidade de vacinas contra a Covid-19 aplicadas por dia em uma semana, segundo balanço do Our World in Data.

Por GloboNews e G1 SP — São Paulo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Piauí deve ter chuvas abaixo da média e calor acima do normal até julho, alerta Semarh

Baixo volume de chuva pode impactar a agricultura, o abastecimento de água e outros setores dependentes das condições climáticas. O...

SUS começa a oferecer novo exame para prevenir câncer de colo de útero

Enquanto o papanicolau identifica células já com alterações no útero, o teste molecular age no início do problema: identifica...

Fraude INSS: Congresso derrubou regra para autorização anual de descontos em aposentadorias

Em 2019, medida provisória do governo Bolsonaro previa autorização anual para que associações fizessem descontos em aposentadorias e pensões....

Governo Lula pede retirada de urgência a projeto que amplia isenção do IR para até R$ 5.000

Ação destrava a pauta do Congresso Nacional O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao Congresso Nacional,...
spot_img

Em Brasília, ato pró-anistia ocupará 3 faixas e não chegará ao Congresso

O esquema de segurança da manifestação foi definido em reunião na tarde desta segunda-feira (5/5) Os manifestantes do ato pró-anistia...

Latam anuncia nova rota de voos entre Parnaíba e Fortaleza a partir de setembro deste ano

Nova rota deve reforçar integração regional e impulsionar turismo no Delta e na Rota das Emoções. A Latam Airlines Brasil...
spot_img

Posts Recomendados