Por Gleison Fernandes – Jornalismo da UCA.
A condução da investigação sobre o envenenamento de oito pessoas, iniciado em agosto do ano passado, revelou fragilidades na coordenação e no conhecimento da cúpula da segurança pública do Piauí. O caso, marcado por uma série de equívocos, incluiu falhas na perícia, erros durante o inquérito e a prisão de uma inocente.
Apesar dos erros, o secretário de Segurança, Chico Lucas, permaneceu no cargo. Críticos apontam que sua permanência se deve, em grande parte, à sua relação de amizade com o governador Rafael Fonteles, o que tem gerado questionamentos sobre a gestão da segurança pública no estado.

Após meses de investigações conturbadas, a Polícia Civil avançou no caso com a confissão da matriarca da família, revelando uma conexão direta com o padrasto das vítimas. Contudo, em um movimento que gerou críticas da imprensa local, a Secretaria de Segurança decidiu repassar os desdobramentos do caso exclusivamente ao programa “Fantástico”, da Rede Globo, limitando o acesso da mídia regional a informações importantes.
Apesar dos avanços recentes, a investigação ainda é vista com desconfiança, uma vez que a polícia parece não ter esclarecido todos os pontos do caso. Agora, a expectativa recai sobre a atuação do Ministério Público e da Justiça, que terão o desafio de garantir que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados, diante de uma condução investigativa marcada por incertezas e controvérsias.