Cientistas afirmam que teste rápido que detecta coronavírus pela saliva pode ser opção barata e eficaz

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Comprovada a sensibilidade do teste, agora os cientistas pesquisam se as amostras por saliva poderiam ser armazenadas por dias e em temperatura ambiente até serem testadas.

Um grupo de cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale publicou artigo na revista científica MedRxiv apresentando o desenvolvimento de um teste para coronavírus que detecta o vírus pela saliva.

Rápido e de baixo custo, os cientistas afirmam que o teste pela saliva pode resolver o problema de baixa testagem da população em alguns países que enfrentam problemas como falta de profissionais treinados para fazer o exame do tipo RT-PCR (que pode gerar aerossóis e infectar o local), a falta de reagentes químicos e de swaps (espécie de cotonete de haste longa usado para coletar o material da faringe) e o alto custo dos testes convencionais.

No Brasil, há pesquisas em universidades públicas para o desenvolvendo do teste de coronavírus feito pela saliva.

Resultado rápido

Segundo os cientistas de Yale, o teste de saliva desenvolvido por eles, chamado de SalivaDirect, pode ser feito por pessoas com ou sem os sintomas da Covid-19. Outra vantagem é que ele é indolor, não é invasivo, não demora 24 horas para ficar pronto e a saliva pode ser coletada pelo próprio paciente.

Publicado no dia 4, o artigo ainda não foi revisado por pares. No dia 14 de julho, o teste SalivaDirect foi submetido aos órgãos do governo americano pedindo aprovação para uso emergencial.

Como funciona

Apesar de usar um processo de análise molecular parecido com o teste do tipo RT-PCR, o teste por saliva não requer a extração do ácido nucleico das amostras.

“A extração de ácido nucléico é demorada e cara, e tem havido escassez mundial dos suprimentos necessários para fazê-la. Para SalivaDirect, descobrimos como pular esta etapa, tornando-o acessível a mais laboratórios”, explica a nota de divulgação do SalivaDirect.

As amostras são misturadas em uma solução química que é aquecida para liberar o material genético do vírus.

Uma vez que já comprovaram a eficácia e sensibilidade do teste em detectar o vírus, agora os cientistas estudam a possibilidade da amostra de saliva ser armazenada em temperatura ambiente.

“Todas as outras formas de coleta exigem que a amostra seja mantida em uma geladeira ou freezer até o teste, ou colocada em tubos caros contendo reagentes para ajudar a manter a qualidade da amostra para testes posteriores”, explica o texto do artigo. “Estamos testando o quão bem podemos detectar SARS-CoV-2 da saliva mantida em temperatura ambiente por dias ou até semanas”.

Com informações do OitoMeia

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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