A Administração Pública manteve sua posição como a principal atividade econômica em 89,2% dos municípios piauienses, apesar de um declínio em relação a 2015, quando representava 92,9%.
No final do ano passado, a Secretaria de Planejamento, em colaboração com a superintendência Cepro e em parceria com o IBGE, apresentou o levantamento referente ao Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios em 2020. O referido documento oferece uma análise aprofundada do desempenho econômico, abordando a caracterização dos PIBs mais expressivos e menos significativos, bem como sua contribuição para o PIB estadual, setorizando as atividades econômicas do estado. Adicionalmente, o relatório fornece uma avaliação sobre o desempenho do PIB per capita dos municípios.
No decorrer de 2020, constatou-se que o PIB do Piauí permanece notavelmente concentrado em dez municípios específicos, a saber: Teresina, Parnaíba, Uruçuí, Picos, Floriano, Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Piripiri, Campo Maior e Guadalupe. Contudo, é perceptível uma tendência de descentralização da atividade econômica, com Teresina, que historicamente detinha a maior fatia do PIB estadual, reduzindo sua participação ao longo dos anos (2010 – 47,7%; 2020 – 38,3%).
Os municípios que se destacaram com os maiores crescimentos econômicos em 2020 foram Barreiras do Piauí, Caldeirão Grande do Piauí, Marcolândia, Currais e Sebastião Leal. Estes experimentaram crescimento especialmente nas áreas de produção de grãos e cereais, na indústria de geração e distribuição de energia elétrica, e no desenvolvimento de empreendimentos de energias renováveis (eólica e solar), predominantemente instalados na região semiárida piauiense.
Confira a listagem dos municípios com os maiores PIBs do Piauí:
1º Teresina – R$ 21,5 bilhões
2º Parnaíba – R$ 2,6 bilhões
3º Uruçuí – R$ 1,9 bilhão
4º Picos – R$ 1,7 bilhão
5º Floriano – R$ 1,3 bilhão
6º Baixa Grande do Ribeiro – R$ 1,2 bilhão
7º Bom Jesus – R$ 1,1 bilhão
8º Piripiri – R$ 903 milhões
9º Campo Maior – R$ 660 milhões
10º Guadalupe – R$ 552 milhões.
Por outro lado, alguns municípios enfrentaram significativas quedas no PIB em 2020, a exemplo de Lagoa do Barro do Piauí, Ribeira do Piauí, Jerumenha, Guadalupe e Angical do Piauí. Essas reduções foram atribuídas, respectivamente, às atividades de fabricação de estruturas pré-moldadas de concreto armado, geração de energia elétrica, produção de carvão vegetal, construção e comércio varejista.
A Administração Pública manteve sua posição como a principal atividade econômica em 89,2% dos municípios piauienses, apesar de um declínio em relação a 2015, quando representava 92,9%.
Quanto à participação percentual dos municípios piauienses no PIB Estadual em 2020, destacam-se Teresina, com R$ 21,6 bilhões e 868.075 habitantes; Parnaíba, Picos, Uruçuí, Floriano, com uma soma de R$ 7,6 bilhões e 313.593 habitantes; e os demais municípios, totalizando R$ 27,2 bilhões e 2.099.812 habitantes.
Em 2020, o PIB per capita do Piauí alcançou R$ 17.185, mantendo o estado na 26ª posição no ranking da renda per capita do país. Este valor representa um crescimento de 6,6% em comparação ao ano anterior, superando as médias do Nordeste (2,5%) e do Brasil (2,2%).
Os dez municípios com os maiores PIBs per capita em 2020 caracterizam-se por terem economias predominantemente baseadas na agropecuária e na indústria, sendo também pouco populosos. Dentre esses, sete têm a agropecuária como sua principal atividade econômica: Baixa Grande do Ribeiro, Uruçuí, Guadalupe, Currais, Ribeiro Gonçalves, Santa Filomena e Bom Jesus.
Ribeira do Piauí e Lagoa do Barro do Piauí se destacam pela instalação de empreendimentos voltados à produção de energia solar e eólica, enquanto Antônio Almeida se destaca pela presença de indústrias extrativas, com foco na exploração, principalmente, do calcário.
Fonte: Meio Norte