“Conspirar contra a saúde pública é corrupção gravíssima”, diz Flávio Dino

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Ministro se refere a fraudes no cartão de vacinação do SUS

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu o trabalho de investigação realizado pela Polícia Federal (PF) que culminou na deflagração, hoje (3), da Operação Venire, que apura a suposta adulteração de cartões de vacinação por meio de inserção de dados falsos no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos alvos da ação é o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Conspirar contra a saúde pública é uma [forma de] corrupção gravíssima”, afirmou o ministro ao participar de uma reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Segundo a PF, os investigados se associaram para inserir falsas informações relativas à vacinação contra a covid-19 no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde, e na Rede Nacional de Dados em Saúde (Rnds).

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (no Brasil e nos Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19”, afirma a Coordenação de Comunicação da PF, em nota divulgada esta manhã.

© Lula Marques/ Agência Brasil

De acordo com a PF, os fatos investigados configuram, em tese, crimes como infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores. E ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

Na avaliação do ministro Flávio Dino, se confirmada, a fraude pode impactar negativamente a confiança no sistema sanitário brasileiro. “A questão da segurança sanitária [nacional] é atingida na medida em que há fragilidades como as evidenciadas [hoje]. Com certeza, a ministra [da Saúde], Nísia Trindade, vai tomar as providências para proteger ainda mais estes sistemas que, segundo a PF, foram fraudados”, ponderou Dino.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que vem colaborando com as investigações policiais desde o princípio. Além disso, a pasta assegurou que não há, até o momento, relato de invasão externa aos sistemas SI-PNI e Rnds, e que todas as informações relativas aos registros de imunizações do SUS são feitas mediante cadastro, podendo ser rastreadas.

Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

STF elege Mendonça para a vaga de Moraes no TSE e novo ministro diz que será ‘imparcial’

André Mendonça foi indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível por decisão do TSE. O ministro do...

Porto Alegre enfrenta lixo na rua, ratos e insetos, após recuo da água

Mais de 300 toneladas de entulho já foram retiradas A água está em tendência de baixa na capital Porto Alegre,...

Secretaria da Saúde alerta municípios piauienses sobre edital de reposição do Mais Médicos

Nesta etapa, é necessário que os gestores municipais renovem a adesão ao programa através do sistema presente na plataforma...

MDS e Defensoria Pública do Maranhão unem forças para garantir acesso à documentação básica

"O documento abre portas para a cidadania, permitindo o acesso ao Cadastro Único e a direitos como Bolsa Família,...
spot_img

PGR pede inclusão de fugitivos do 8 de janeiro em lista da Interpol

Gonet quer emissão de mandado de prisão preventiva contra acusados O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao ministro Alexandre...

Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de 59 cidades gaúchas

Valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por conta do FGTS Trabalhadores de 59 municípios do Rio Grande do Sul...
spot_img

Posts Recomendados