Defesa Civil vai testar neste sábado, 14, alerta por celulares em cidades com estiagem e enchentes

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Moradores de Timon (MA), cidade vizinha da capital, também podem receber a notificação sonora devido à proximidade geográfica.

A Defesa Civil realiza, neste sábado (14), de 12h às 15h, um teste do novo sistema de alertas de emergência do Governo Federal. A simulação será feita simultaneamente nos municípios de Teresina, Picos, Uruçuí e Esperantina. Moradores de Timon (MA), cidade vizinha da capital, também podem receber a notificação sonora devido à proximidade geográfica.

Divulgação

O “Defesa Civil Alerta” (DCA) é utilizado para informar a população sobre situações de perigo, ameaças ou riscos de desastres climáticos. Durante o teste, celulares conectados às redes 4G e 5G emitirão um som de alerta por cerca de 10 segundos, seguido de uma mensagem informativa na tela, explicando que se trata de uma simulação.

O objetivo é testar o alcance e a eficácia do sistema Defesa Civil Alerta, que passará a ser usado em situações de risco extremo, como desastres naturais, queimadas e estiagens severas.

Segundo o diretor de Prevenção e Mitigação da Secretaria de Defesa Civil do Piauí (Sedec), Werton Costa, o novo sistema apresenta diversas vantagens.

“O novo sistema é mais tecnológico, gratuito, universal, e a população não precisará fazer cadastro ou baixar aplicativo para ter acesso. Ele vai emitir alerta em todos os celulares dentro do perímetro de cobertura estabelecido pelo gestor do sistema, podendo abranger desde um bairro até todo o estado, a depender da situação”, destacou.

O sistema de alerta é gerido pelo Governo Federal, que também realizará testes do programa em outros estados do Brasil. De acordo com Werton Costa, este será o momento de demonstração do sistema nacional. Por essa razão, estarão presentes no Piauí técnicos da Defesa Civil Nacional e da Anatel, para realizar a auditoria do sistema.

“Inicialmente, o sistema foi implantado nos estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Agora, o alerta segue para as regiões Nordeste e Norte. Neste momento, teremos, no dia 14, o teste em toda a região Nordeste. A princípio, esse teste seria feito apenas nas capitais. Porém, o Governo Federal permitiu que as defesas civis estaduais escolhessem mais três municípios”, explicou.

De acordo com o diretor, os municípios piauienses selecionados para o teste foram escolhidos com base em estatísticas recorrentes de desastres e em sua representatividade geográfica.

“Essa escolha também se baseia na estatística de desastres. Temos a capital, localizada na região centro-norte; Esperantina, frequentemente afetada por desastres hidrológicos durante o período chuvoso, na faixa norte; Uruçuí, uma cidade serradeira localizada na mesorregião sudoeste piauiense; e Picos, situada no Vale do Guaribas, na mesorregião sudeste”, detalhou.

Implementação do novo sistema

Este será o único teste realizado pela Defesa Civil antes da disponibilização do novo sistema para operação nos 224 municípios do estado do Piauí. O programa possui um rígido protocolo de operacionalidade e poderá ser utilizado em duas situações: alerta severo e alerta extremo.

“Essas são duas situações de gravíssimo risco. As modulações são definidas por um protocolo a ser seguido, sob pena de sanções administrativas e até penais. Essa ferramenta não pode ser utilizada para alertas simples, apenas para situações de alta gravidade, com informações assertivas e de credibilidade”, explicou Werton Costa.

Após o teste do novo sistema de alerta da Defesa Civil, o gestor nacional do programa realizará uma avaliação dos resultados. A análise será feita em conjunto com a Anatel, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Defesa Civil Nacional, por meio de reuniões técnicas com representantes do Piauí.

Apesar da avaliação, o sistema já estará disponível para uso conforme o protocolo e a normativa estabelecidos. Neste período do ano, os principais fenômenos naturais registrados no estado são seca e estiagem. Por isso, a expectativa é que o monitoramento se concentre em riscos como queimadas, ondas de calor, baixos índices de umidade e aumento da radiação ultravioleta. O uso do novo sistema dependerá de avaliação técnica, já que ele só pode ser acionado em casos de risco extremo, conforme protocolo rigoroso.

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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