Um dossiê da inteligência israelense acusa 190 funcionários da Organização das Nações Unidas de terem atuado como militantes do Hamas ou da Jihad Islâmica na invasão a Israel em outubro do ano passado
No campo de refugiados da ONU, em Khan Younis, já há falta de comida e de água. Para muitas famílias, não há outro caminho.
Fome e sede são as principais consequências de um escândalo que abalou a agência da ONU para os Refugiados Palestinos.
Um dossiê da inteligência israelense acusa 190 funcionários da Organização das Nações Unidas de terem atuado como militantes do Hamas ou da Jihad Islâmica na invasão a Israel em outubro do ano passado.

O documento traz nomes e fotos de 12 deles: entre eles um professor que na invasão do grupo terrorista, em outubro do ano passado, ajudou no sequestro de reféns. Um assistente social teria distribuído armamentos para membros do Hamas. Outros funcionários são acusados a ataques a kibutz e ao festival de música eletrônica, onde dezenas de jovens foram mortos.
O secretário-geral da ONU disse estar perplexo com acusações e afirmou que 9 dos 12 acusados já foram demitidos. Dois foram mortos durante a guerra e um está sendo sob investigação sigilosa
Antonio Guterres também implorou para que as nações não suspendam o financiamento de ajuda humanitária – um pedido que não vem sendo atendido.
A União Europeia, que é uma das maiores doadoras da agência da ONU, pediu uma auditoria urgente no órgão. Desde a denúncia, os Estados Unidos e outros 13 suspenderam os financiamentos que mantêm os trabalhos em Gaza.
Se o bloqueio não for revertido, a agência prevê que só terá recursos para ajudar os palestinos por mais um mês.
Há relatos de famílias que estão sobrevivendo a base de ração de animais. Sem a ajuda humanitária diz esse palestino, estamos sentenciados a morte.
POR SONIA BLOTA – Jornal da Band