As placas solares instaladas em 221 cidades do estado geram diariamente duas vezes a potência da usina hidrelétrica de Boa Esperança.
Com mais de 55 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos, o estado do Piauí atingiu no último mês de junho a marca de 557 megawatts de potência instalada na geração própria de energia solar. As placas instaladas em 221 cidades do estado geram diariamente duas vezes a potência da usina hidrelétrica de Boa Esperança, localizada na cidade de Guadalupe. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
De acordo com informações da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), a usina hidrelétrica de Boa Esperança possui uma capacidade total instalada de 237.300 kW, algo em torno de 237 megawatts.
Os números apresentados pela Absolar mostram que atualmente são mais de 80 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz. Desde 2012, a modalidade já proporcionou ao Piauí a atração de R$ 2,7 bilhões em investimentos, geração de mais de 16 mil empregos e a arrecadação de R$ 800 milhões aos cofres públicos.
Para ampliar a sustentabilidade no estado, a Absolar recomenda a criação e ampliação de programas, políticas e mais incentivos locais para o avanço da energia solar, incluindo, por exemplo, a inclusão da tecnologia fotovoltaica nos prédios públicos em geral, nas casas populares e nos programas de universalização de acesso à eletricidade.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o crescimento das instalações de sistemas de energia solar pelos consumidores brasileiros é reflexo da popularização da tecnologia no território nacional. “Analistas de mercado apontam que, apenas em 2023, os painéis solares registraram queda de cerca de 50% no preço médio final, ampliando a atratividade e o acesso por consumidores brasileiros de diferentes perfis”, comenta.
“Portanto, trata-se do melhor momento para se investir em sistemas solares em residências, empresas e propriedades rurais. E ainda há um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica, já que o Brasil possui cerca de 92,7 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”, complementa.
Já Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, ressalta que o avanço da energia solar é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
“O avanço da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. Além de contribuir diretamente para geração de emprego e renda, economia no bolso dos consumidores e redução das emissões de poluentes, a tecnologia fotovoltaica na geração própria reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, conclui Sauaia.