Ex-chefe de gabinete do Dr. Pessoa investigada por corrupção deixa penitenciária em Teresina

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O advogado Djalma Filho afirmou que acompanhou a saída de Sol Pessoa da unidade prisional.

Encerrou nesse sábado (18) o prazo da prisão temporária de Suelene Pessoa, conhecida como Sol Pessoa e por exercer a função de chefe de gabinete do exprefeito de Teresina, Dr. Pessoa. Sem um novo pedido de prisão, a mulher, acusada de participar de um esquema de corrupção na administração pública, foi solta neste domingo (19).

Foto: Lucas Dias

O advogado Djalma Filho afirmou que acompanhou a saída de Sol Pessoa da Penitenciária Feminina de Teresina, situada na zona sul da capital piauiense. “Para o lado da defesa é apenas, cumprido os cinco dias, esgotado o prazo da prisão, não tendo sido renovada ou convertida, a liberdade foi dada, naturalmente. Eu pessoalmente estive no presídio e a deixei em casa”, afirmou.

Operação Gabinete de Ouro

A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou no dia 14 de outubro a Operação Gabinete de Ouro, que investiga o recebimento de vantagens indevidas e desvio de recursos públicos na administração municipal. Sol Pessoa é apontada como a chefe de toda a operação, exercendo controle sobre contratações, pagamentos e a distribuição dos lucros, e teve a prisão temporária decretada no âmbito das investigações.

Ela foi um dos principais alvos da ação policial, que também resultou na prisão de Marcus Almeida de Moura, Mauro José de Sousa e Rafael Thiago Teixeira Ferreira. Os três últimos também apontados como integrantes do grupo que teria se beneficiado do esquema de desvio de recursos públicos e cobrança de propinas, operando principalmente por meio de rachadinhas, fraudes em contratos, uso de empresas fantasmas e notas fiscais falsas.

Como funcionava o esquema

Investigações apontam que, além do controle financeiro do esquema, Sol Pessoa também exercia forte influência sobre indicações de cargos ligados a terceirizados e prestadores de serviço. Marcus Almeida de Moura era o operador financeiro do grupo. Ele é acusado de criar empresas de fachada e emitir notas fiscais falsas e movimentar grandes quantias para ocultar a origem ilícita.

O servidor Rafael Thiago Teixeira Ferreira, movimentou R$ 4,3 milhões entre 2020 e 2024 fazendo pagamentos pessoais para Sol Pessoa e repassando vultuosas quantias para empresas e construtoras usadas pelo grupo. Já Mauro José de Sousa fazia depósitos em espécie, garantindo que os recursos chegassem aos destinos finais.

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