O delegado Odilo Sena, do 6º Distrito Policial, comentou detalhes sobre a Operação Vaga Falsa que prendeu o vice-presidente da Câmara de Nazária, Cícero Rocha.
O delegado do 6º Distrito Policial, Odilo Sena, relatou em entrevista ao site Viagora detalhes sobre a Operação Vaga Falsa, que prendeu o vice-presidente da Câmara Municipal de Nazária, Cícero da Silva Rocha, por suspeita de aplicar golpe do falso emprego. O grupo criminoso envolvido teria causado um prejuízo estimado de R$ 350 mil.
De acordo com o delegado, o grupo tinha como objetivo roubar dados sensíveis de pessoas que estava desempregadas para fazer empréstimos e comprar carros. A polícia conseguiu identificar o grupo após denúncias de pessoas que tiveram seu nome sujo devido dados pessoais utilizados ilicitamente pelos suspeitos, bem como de empresas que alegaram ter sofrido golpe.
“Bom, nós somos procurados por várias vítimas e elas relataram que tiveram o nome sujo através de um contrato que eu nunca fizeram. Então nós questionamos se a pessoa teria entregado seus dados para alguém até chegar à pessoa que prometia emprego. As empresas também nos procuraram relatando prejuízos”, pontuou.
Odilon explicou ainda que o papel do vereador no esquema seria o de conferir legitimidade às vítimas, pois elas acreditavam que Cícero Rocha teria a influência necessária para conseguir o emprego.
“A gente juntou as peças do quebra cabeça e descobrimos que isso se tratava de um crime. O vereador era uma dessas peças fundamentais, pois ele emprestava a moral e as pessoas que entregavam seus dados, suas qualificações, suas identificações, porque eles acreditavam que o vereador que era a pessoa que conseguiria esse emprego”, pontuou.
Com a promessa de emprego, as pessoas forneciam os dados que posteriormente eram manipulados pelo grupo para utilização de forma ilícita causando prejuízos que devem ir muito além do que o valor estimado, isto porque cada contrato firmado com locadoras de veículo será analisado e representa um crime.
“A princípio o prejuízo estimado é em torno de 300 a 350 mil, mas acreditamos que seja muito mais porque são vários contratos, pois cada contrato é um crime consumado. Nesse primeiro momento temos três contratos onde o vereador se envolve diretamente e outros cinco ou seis contratos que ainda vamos investigar”, pontuou.
Em relação aos danos causados, o delegado apontou que o golpe atingiu três principais vítimas. “Então nós temos três prejuízos: as pessoas físicas, aquelas pessoas que emprestam, que dão seus dados, nós temos as empresas, empresas de revenda, que perdem seus veículos e temos também os bancos que tomam prejuízos bastante consideráveis”, pontuou.
Além do vereador, a polícia também prendeu outras duas pessoas, em Teresina e na região de Floriano.
As informações são do Viagora