A ação será realizada por meio de parceria entre a Seduc, UESPI, UFPI e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O governador Wellington Dias esteve em reunião na manhã desta segunda-feira (27), através de videoconferência com a vice-governadora, Regina Sousa; o secretário de Educação, Ellen Gera, o secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, o reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Nouga Cardoso; o consultor da FGV, José Henrique Paim e técnicos desses órgãos. O chefe do executivo estadual colocou em pauta o objetivo de alfabetizar 200 mil piauienses em todo estado, através de programas já desenvolvidos pela Secretaria de Educação (Seduc), principalmente o Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
O EJA é uma modalidade da Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio, que visa oferecer oportunidade de estudos às pessoas que não tiveram acesso ou continuidade desse ensino na idade própria de escolarização. No Piauí, a estrutura curricular para a modalidade é organizada por segmentos e etapas, na forma presencial, com idade mínima para ingresso de 15 anos para o Ensino Fundamental e 18 para o Ensino Médio.
“Temos hoje em média 400 mil pessoas analfabetas no Piauí. É possível alfabetizar pelo menos metade dessas pessoas e ter um bom resultado. Quero criar uma rede nos 224 municípios com o apoio da Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (Fadex), da UESPI, FGV e da Seduc, com o Ensino de Jovens e Adultos. Já saímos da taxa de 36% de analfabetismo para 16%, mas ainda é um número elevado e precisamos mudar isso”, disse Wellington Dias.
O governador destacou ainda seu desejo de encaminhar esses piauienses alfabetizados para o Programa Certifique, também desenvolvido pela Seduc. “Ao tempo que são alfabetizados, é importante observar quais as qualidades dessas pessoas e como elas podem ser inseridas no Programa Certifique para que possam sair alfabetizadas e capazes de exercer um trabalho com o diploma em mãos”, explicou.
O Programa Certifique dá oportunidade de reconhecimento profissional de acordo com a experiência e habilidades adquiridas em uma determinada área. Isso significa que quem exercia um cargo, sem um curso específico, com o Certific-PI poder ser reconhecido formalmente com um diploma em mãos.
Para que a ação tenha bons resultados, o governador sugeriu a realização de uma busca ativa pelo Piauí, para identificar os locais que mais necessitam da presença destes programas. “O propósito é alfabetizar 200 mil pessoas, mas já podemos começar ainda no próximo semestre as primeiras turmas. Com o apoio de várias entidades, vamos buscar quais os locais necessitam mais da presença dessa rede de alfabetização que estará fortalecida e capacitada”, garantiu.
O secretário de Educação Ellen Gera destacou as parcerias que ação terá ao longo de sua execução. “A Fundação Getúlio Vargas (FGV) nos dará um apoio na coordenação e formação de professores que atuarão em todos os territórios piauienses, que é um desejo do governador. A Fundação Itaú também será uma parceira importante nessa jornada de alfabetizar pessoas e dar a elas uma nova oportunidade e estímulo”, disse o secretário.