O Governo Federal fechou um contrato de R$71,7 milhões referente à contratação de 850 cabines em navios de cruzeiro utilizados como hospedagem durante a COP30, realizada em Belém (PA). Deste total, cerca de R$26,3 milhões foram direcionados para 450 cabines reservadas para delegações estrangeiras e os R$45,4 milhões restantes foram reservados para 400 cabines da delegação brasileira.

A medida configurava parte de um acordo com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCC).
Segundo nota da Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop30), o valor ainda pode variar, já que a despesa evolui diariamente. “A despesa executada está em evolução diária, conforme necessidades efetivas de hospedagem e os mecanismos contratuais de opção de venda provisória e definitiva”, diz a nota. Os últimos compromissos da conferência estão previstos para acontecer nesta sexta-feira (21).
Ainda em abril deste ano, o governo contratou a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). A agência foi responsável pela escolha da operadora Qualitours que firmou o acordo referente à quais navios seriam utilizados.
A opção por navios de cruzeiro, especificamente o MSC Seaview e Costa Diadema, foi motivada por polêmicas que surgiram bem antes da conferência, sobre a baixa oferta hoteleira em Belém, críticas quanto ao aumento de preços e denúncias de condições inadequadas de hospedagem. A estrutura das embarcações escolhidas impressiona: o MSC Seaview, por exemplo, possui 20 decks, 323 metros de comprimento e altura equivalente a um prédio de 24 andares, já o Costa Diadema, possui 19 decks, 306 metros e 133 mil toneladas.
Por meio de uma nota, o governo Lula disse que os navios se mostraram a solução para comportar o número de pessoas que estariam em Belém para a conferência sem ter que praticamente dobrar a capacidade de hospedagem da cidade. “O objetivo é garantir infraestrutura adequada para delegações internacionais, observadores, equipes técnicas e participantes da COP30, evitando sobrecarga da rede hoteleira local”, informou a nota. Quanto ao pagamento das embarcações, ele não ocorre de forma imediata. A empresa só será paga quando a COP30 encerrar e de acordo com o número de cabines que permanecerem sem compradores. Até lá, as embarcações continuam atracadas no Terminal Portuário de Outeiro.







