GUERRA NA UCRÂNIA: Ucrânia diz ter encontrado mais de 400 corpos de civis na região de Kiev; Defesa denuncia ‘crimes de guerra’

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Zelensky visita Bucha após massacre e acusa Rússia de genocídio.

O prefeito da cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, Vadim Boichenko, afirmou nesta segunda-feira que 90% da cidade atacada pelas tropas russas está destruída e 40% de suas infraestruturas são “irrecuperáveis”.

Imagem mostra carro e prédios destruídos em Mariupol, na Ucrânia (Foto: REUTERS/Alexander Ermochenko)

“A triste notícia é que 90% das infraestruturas da cidade estão destruídas e 40% não podem ser recuparadas”, declarou o prefeito em coletiva de imprensa.

Segundo a AFP, ele ainda confirmou que “cerca de 130.000 pessoas” continuam presas na cidade.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou a cidade de Bucha dias após a divulgação mundial de imagens com corpos mortos no chão, valas comuns e rastros de destruição.

Após um longo período no centro de Kiev, capital do país, Zelensky deixou brevemente a cidade para visitar Bucha. Após a visita ele disse que o massacre irá atrasar o processo de negociação de paz com a Rússia.

“Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”, disse ele.

O Kremlin negou quaisquer acusações relacionadas ao assassinato de civis.

“Queremos mostrar pro mundo o que a Rússia fez. Queremos que vejam o que a federação russa fez com a pacífica Ucrânia. Tem que ser mostrado que eram todos civis”, disse Zelensky para jornalistas.

EUA pedirão retirada da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, diz embaixadora.

Os EUA pedirão à Assembleia Geral da ONU que suspenda a Rússia do Conselho de Direitos Humanos, disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas nesta segunda-feira, depois que a Ucrânia acusou tropas russas de matar dezenas de civis na cidade de Bucha.

Segundo a Reuters, uma maioria de dois terços dos votos da assembleia de 193 membros em Nova York pode suspender um estado do conselho por cometer persistentemente violações graves e sistemáticas dos direitos humanos.

“A participação da Rússia no Conselho de Direitos Humanos é uma farsa. E está errado, e é por isso que acreditamos que é hora da Assembleia Geral da ONU votar para removê-los”, disse a embaixadora Linda Thomas-Greenfield, em Bucareste.
No momento, a Rússia cumpre o segundo de três anos de mandato no Conselho. A liderança é rotativa.

Um vídeo obtido pela agência de notícias Reuters mostra a destruição causada pelo bombardeio no dia 16. Autoridades locais estimam que 300 pessoas morreram nesse ataque.

Após a retirada das tropas russas da região de capital Kiev, Mariupol se tornou o principal alvo dos ataques da Rússia. Cidade está cercada e milhares de civis estão presos dentro dela, sem abastecimento de água ou comida.

Prefeita de povoado e família são encontradas enterradas em cova rasa perto de Kiev.

A prefeita do povoado de Motyzhyn, a oeste de Kiev, seu marido e seu filho foram mortos e enterrados em uma cova rasa, disse nesta segunda-feira um assessor do Ministério do Interior ucraniano que viu seus corpos parcialmente cobertos por terra.

“Havia ocupantes russos aqui. Eles torturaram e assassinaram toda a família da prefeita do povoado”, disse Anton Herashchenko, nomeando os mortos como Olha Sukhenko, seu marido, Ihor Sukhenko, e seu filho, Oleksandr.

Desde que as tropas russas se retiraram das cidades e aldeias ao redor da capital Kiev, na semana passada, as tropas ucranianas têm se movimentado pela região, mostrando aos jornalistas corpos que dizem ser de civis mortos pelas forças russas, casas destruídas e carros incendiados.

Um comboio com 45 ônibus foi enviado até Mariupol para retirada de civis na quinta-feira (31), mas não foi possível entrar na cidade.

“Por questões de segurança, nosso time não conseguiu chegar em Mariupol”, disse Jason Straziuso, porta-voz da Cruz Vermelha nesta segunda (4).

A cidade está sob cerco de tropas russas desde os primeiros dias da guerra, sendo que a maioria das tentativas anteriores de se retirar civis também não deram certo.

O prefeito da cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, Vadim Boichenko, afirmou nesta segunda-feira que 90% da cidade atacada pelas tropas russas está destruída e 40% de suas infraestruturas são “irrecuperáveis”.

“A triste notícia é que 90% das infraestruturas da cidade estão destruídas e 40% não podem ser recuparadas”, declarou o prefeito em coletiva de imprensa.

Segundo a AFP, ele ainda confirmou que “cerca de 130.000 pessoas” continuam presas na cidade.

Zelensky visita Bucha após massacre e acusa Rússia de genocídio
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita a Bucha
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita a Bucha (Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou a cidade de Bucha dias após a divulgação mundial de imagens com corpos mortos no chão, valas comuns e rastros de destruição.

Após um longo período no centro de Kiev, capital do país, Zelensky deixou brevemente a cidade para visitar Bucha. Após a visita ele disse que o massacre irá atrasar o processo de negociação de paz com a Rússia.

“Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”, disse ele.
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita a Bucha
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita a Bucha (Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP)

O Kremlin negou quaisquer acusações relacionadas ao assassinato de civis.

“Queremos mostrar pro mundo o que a Rússia fez. Queremos que vejam o que a federação russa fez com a pacífica Ucrânia. Tem que ser mostrado que eram todos civis”, disse Zelensky para jornalistas.

O Kremlin negou quaisquer acusações relacionadas ao assassinato de civis.
O Kremlin negou quaisquer acusações relacionadas ao assassinato de civis. (Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP)

EUA pedirão retirada da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, diz embaixadora
Os EUA pedirão à Assembleia Geral da ONU que suspenda a Rússia do Conselho de Direitos Humanos, disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas nesta segunda-feira, depois que a Ucrânia acusou tropas russas de matar dezenas de civis na cidade de Bucha.

Embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, em foto de junho de 2021
Embaixadora americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, em foto de junho de 2021 (Foto: Joshua Roberts/Reuters/Arquivo)

Segundo a Reuters, uma maioria de dois terços dos votos da assembleia de 193 membros em Nova York pode suspender um estado do conselho por cometer persistentemente violações graves e sistemáticas dos direitos humanos.

“A participação da Rússia no Conselho de Direitos Humanos é uma farsa. E está errado, e é por isso que acreditamos que é hora da Assembleia Geral da ONU votar para removê-los”, disse a embaixadora Linda Thomas-Greenfield, em Bucareste.
No momento, a Rússia cumpre o segundo de três anos de mandato no Conselho. A liderança é rotativa.

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Novas imagens mostram interior do teatro Mariupol após ataque
Novas imagens mostram interior do teatro Mariupol após ataque

Um vídeo obtido pela agência de notícias Reuters mostra a destruição causada pelo bombardeio no dia 16. Autoridades locais estimam que 300 pessoas morreram nesse ataque.

Após a retirada das tropas russas da região de capital Kiev, Mariupol se tornou o principal alvo dos ataques da Rússia. Cidade está cercada e milhares de civis estão presos dentro dela, sem abastecimento de água ou comida.

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Prefeita de povoado e família são encontradas enterradas em cova rasa perto de Kiev
Prefeita do vilarejo de Motyzhin, Olha Sukhenko, em foto sem data
Prefeita do vilarejo de Motyzhin, Olha Sukhenko, em foto sem data (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A prefeita do povoado de Motyzhyn, a oeste de Kiev, seu marido e seu filho foram mortos e enterrados em uma cova rasa, disse nesta segunda-feira um assessor do Ministério do Interior ucraniano que viu seus corpos parcialmente cobertos por terra.

“Havia ocupantes russos aqui. Eles torturaram e assassinaram toda a família da prefeita do povoado”, disse Anton Herashchenko, nomeando os mortos como Olha Sukhenko, seu marido, Ihor Sukhenko, e seu filho, Oleksandr.

Desde que as tropas russas se retiraram das cidades e aldeias ao redor da capital Kiev, na semana passada, as tropas ucranianas têm se movimentado pela região, mostrando aos jornalistas corpos que dizem ser de civis mortos pelas forças russas, casas destruídas e carros incendiados.

Há 3 horas
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Cruz Vermelha não chega a Mariupol por falta de segurança
Drone mostra destruição em área residencial de Mariupol, na Ucrânia

Um comboio com 45 ônibus foi enviado até Mariupol para retirada de civis na quinta-feira (31), mas não foi possível entrar na cidade.

“Por questões de segurança, nosso time não conseguiu chegar em Mariupol”, disse Jason Straziuso, porta-voz da Cruz Vermelha nesta segunda (4).

A cidade está sob cerco de tropas russas desde os primeiros dias da guerra, sendo que a maioria das tentativas anteriores de se retirar civis também não deram certo.

‘Convido Merkel e Sarkozy para visitarem Bucha’, disse Zelensky após revelações de imagens do massacre

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convidou a ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, para “verem o resultado das concessões feitas por eles em prol da Rússia nos últimos 14 anos”.

Centenas de corpos foram encontrados nas ruas de Bucha e em valas coletivas após a saída das tropas russas da região. “Todos que estavam nas ruas foram mortos”, disse uma moradora da cidade que não quis se identificar.

Governador de Sumy diz que não há mais tropas russas na região

Dmytro Zhyvytsky, governador da região de Sumy, disse nesta segunda-feira que as tropas russas não ocupam mais nenhuma cidade ou vilarejo da região. Ele ainda confirmou que a maioria se retirou, ao mesmo que tropas ucranianas avançavam e expulsavam-nas.

Segundo a Reuters, Zhyvytsky disse que as tropas russas abandonaram muitos equipamentos na região, que fica na fronteira da Ucrânia com a Bielorrússia.

A cidade de Sumy foi uma das primeira a ser atacadas durante a invasão russa.

Com informações do G1

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