O setor alcança níveis elevados, mas enfrenta dificuldades para encontrar profissionais qualificados para atender à crescente demanda.
A indústria de petróleo no Brasil está experimentando um crescimento intenso, atingindo níveis quase recordes de 2014. O número de sondas de perfuração e embarcações de apoio está em alta, e o emprego no setor aumentou mais de 40% desde 2020, conforme dados recentes do Caged.
Apesar do cenário promissor, as empresas de serviços enfrentam dificuldades para preencher a demanda crescente por mão de obra qualificada. O presidente da Ocyan, Jorge Mitidieri, destaca a escassez de profissionais como o “grande gargalo” para o crescimento contínuo. A empresa, que abriu 500 vagas para manutenção de plataformas, está tendo dificuldades para encontrar candidatos adequados.
A Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo (Abespetro) prevê expansão contínua até pelo menos 2029, com investimentos robustos, incluindo R$ 500 bilhões em novas plataformas e R$ 24 bilhões em exploração de novas reservas. No entanto, o Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) alerta para o risco de um apagão de mão de obra devido à falta de uma estratégia eficaz de formação de novos profissionais.
O segmento de embarcações de apoio também enfrenta desafios similares, com demanda crescente por transporte de insumos e instalação de equipamentos submarinos. A Marinha está sendo solicitada para ajudar na formação de novos profissionais.
O impacto do setor na economia brasileira é significativo. No segundo trimestre de 2024, o setor extrativo cresceu 1% em relação ao ano anterior, impulsionado pela produção de petróleo. A expectativa é que a produção nacional ultrapasse 5 milhões de barris por dia até 2030, exigindo investimentos em novas fronteiras de exploração como a Margem Equatorial.
Fonte: Brasil 247