O crescimento no uso de internet no estado foi de 12,4 pontos percentuais no período, o maior já registrado desde 2016.
Oito em cada 10 domicílios do Piauí usaram internet em 2021. Cinco anos antes (2016), apenas metade das residências possuía acesso à grande rede. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), obtido por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Em 2019, o percentual era de 68,8% e ano passado chegou a 81,2%.

Os valores indicam que 695 mil residências usaram internet em 2019 e 833 mil em 2021. Isso significa que o crescimento no uso de internet foi de 12,4 pontos percentuais no período, o maior já registrado desde 2016. O aumento foi o segundo maior do país, atrás somente do Maranhão que foi de 13,7%.
Pouco mais da metade dos lares piauienses haviam registrado utilização da internet em 2016 (54,2%). No ano seguinte, 2017, o índice cresceu 4,6 pontos percentuais e chegou a 58,8% dos domicílios. Entre 2017 e 2018, o aumento foi de 4,1 pontos percentuais e a proporção atingiu 62,9%. Em 2018, cerca de 68,8% das residências do estado usaram internet, crescimento de 5,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
No Brasil, houve crescimento de apenas 6 pontos percentuais. No entanto, o país atingiu a marca de 90% dos domicílios com utilização de internet em 2021. Em todo o país, o Piauí foi o estado com menor proporção de lares que utilizaram a internet em 2021. O Distrito Federal registrou o maior índice (97,7%) em 2021, com o uso da rede em quase todos os domicílios.
As informações estão no módulo “Acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel de uso pessoal”, da PNAD Contínua. Devido ao início da pandemia e a necessidade de alteração da modalidade de coleta presencial para a coleta remota, não foi possível investigar o tema em 2020.
Motivos de não utilização da internet em 2021
- O principal motivo apontado foi que o serviço era caro por 29,9% dos lares;
- Em 26,3% das residências, a razão foi que nenhum morador sabia usar a internet;
- Falta de interesse em usar o serviço foi informada em 22,2%;
- Falta de disponibilidade da rede na região foi o motivo de 7,8%;
- Outros motivos foram a causa em 7,6% dos lares;
- E, ainda, 6,2% apontaram que o equipamento necessário para usar a internet era caro.
Acesso à rede móvel

O Piauí tem a quarta maior proporção do país de domicílios sem acesso à rede móvel celular para telefonia ou internet. Em 2021, o serviço de rede móvel celular ainda não funcionava em 15,2% dos lares piauienses.
Apenas Alagoas (15,9%), Pará (16,1%) e Maranhão (19,3%) registraram índices superiores. A menor proporção é do Distrito Federal, onde somente 2,6% das residências não tinham acesso à rede móvel celular em 2021.
Posse de celular
Apenas 74,7% da população piauiense com 10 anos ou mais de idade informou possuir telefone celular de uso pessoal em 2021. A proporção é a quarta menor do país, acima somente do Pará (72,5%), do Amazonas (71,4%) e do Maranhão (69,3%).
Cerca de 84,4% dos brasileiros relataram possuírem celular em 2021. O Distrito Federal registrou o maior índice de pessoas com posse de telefone celular em 2021 (92,6%), seguido por São Paulo (89,6%) e Rio Grande do Sul (89,4%).
Em 2016, a proporção de pessoas que possuíam celular de uso pessoal no Piauí era de 68,3%, o que representa um crescimento de 6,4 pontos percentuais até 2021. O aumento foi semelhante no país, de 7,0 pontos percentuais no período, já que o índice era de registrado em 2016 foi de 77,4%.
Domicílios com televisão

De 2019 a 2021, houve redução no índice de domicílios que possuíam televisão. A queda foi observada no Piauí e em todo o Brasil. Conforme o levantamento, caiu de 96,2% em 2019 para 95,5% a proporção de residências com existência de aparelho de televisão no Brasil. No Piauí, diminuiu de 94,4% em 2019 para 92,2% em 2021.
A pesquisa também mostra a evolução da posse de televisão por tipo, indicando o aumento da presença de TVs de tela fina em detrimento das TVs de tubo. Em 2016, predominavam os aparelhos de tubo no Piauí, presentes em 55,9% dos lares com TV. Já as TVs de tela fina (LED, LCD ou plasma) existiam em apenas 35,7% das casas com TV. No decorrer do tempo, a situação se inverteu: em 2021, as televisões de tubo estavam em 25,9% das residências com TV, enquanto as de tela fina já alcançavam 68,9% dos domicílios piauienses que tinham algum aparelho de televisão.
No Brasil, as televisões de tela fina já eram predominantes em 2016, estando presentes em 54,2% das residências com TV. No mesmo ano, os aparelhos de tubo continuavam existindo em 32,9% dos lares brasileiros com TV. Ao longo dos anos, a diferença apenas se ampliou: 84,2% dos domicílios com TV tinham do tipo tela fina em 2021 e apenas 11,9% possuíam televisão de tubo.