Lacen confirma caso de H1N1 em Teresina após três anos sem registro da doença

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A última vez que esta doença foi detectada em Teresina foi em 2020.

Um caso de Influenza H1N1 foi confirmado pelo laboratório Lacen no dia 3 de março em um teste nasal de um idoso atendido na Unidade de pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite, zona Leste de Teresina. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) informa que o último da caso na cidade foi registrado em 2020.

A suspeita é de que a doença seja responsável pelo aumento de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na capital, registrado pelo Centro de Operações Emergenciais (COE) da Fundação Municipal de Saúde (FMS) na 6ª semana epidemiológica de 2023 (5 a 11 de fevereiro).

Teste nasal (swab nasofaríngeo) realizado no paciente infectado com H1N1 – Foto: Walterson Rosa/MS

Segundo o CIEVS, não havia correspondência com aumento de casos confirmados ou de positividade de testes para COVID-19. “Tal indicativo apontava para a possibilidade de circulação de algum outro vírus respiratório na cidade”, completou.

Sobre o paciente, o texto informa que ele foi atendido no dia 8 de fevereiro e recebeu alta com melhora clínica após 11 dias de hospitalização.

Para conter a transmissão da doença, o CIEVS emitiu recomendações de reforço à saúde:

1: a necessidade de coleta de amostras de swab nasofaríngeo em todos os pacientes internados por SRAG na rede pública ou privada, para realização de testagem ampla para vírus respiratórios, abrangendo SARS-CoV-2, Influenza A (incluindo H1N1), Influenza B, parainfluenza, adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório, dentre outros; as amostras devem ser encaminhadas ao LACEN-PI independente da realização ou do resultado do teste rápido de antígeno para SARS-CoV-2;

2: atenção às indicações de prescrição do antiviral fosfato de oseltamivir e de medidas de precaução preconizadas pelo Ministério da Saúde (https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/gripe-influenza);

3: adesão à etapa 2023 da campanha nacional de vacinação contra a gripe – a ser iniciada no mês de abril.

SOBRE A INFLUENZA

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Tipo A – são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre. Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos. Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.

Tipo B – infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos.

Tipo C – infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativa a saúde pública, não estando relacionado com epidemias.

Os principais sintomas da gripe são:

– Febre;
– Dor de garganta;
– Tosse;
– Dor no corpo;
– Dor de cabeça.

Adulto – O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade.
Criança – A temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais.
Idoso – quase sempre se apresentam febris, às vezes, sem outros sintomas, mas, em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.

Caso apresente os sintomas indicativos da Influenza H1N1 em quadro avançado de infecção, o paciente deve se dirigir ao local de atendimento médico mais próximo para realizar o tratamento adequado e receber as orientações corretas.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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