Por Gleison Fernandes – Jornalismo da UCA.
Nos últimos meses, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado uma onda crescente de críticas devido ao aumento dos preços dos alimentos e ao impacto da inflação no bolso dos brasileiros, especialmente entre a população mais pobre.
Apesar do discurso histórico de Lula, que em seus três mandatos prometeu garantir que todos os brasileiros pudessem “tomar café, almoçar e jantar”, a realidade atual parece distante dessa promessa, gerando descontentamento e revolta entre aqueles que antes viam o presidente como o “salvador da pátria”.
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A crise no prato do brasileiro
Dados recentes mostram que os preços dos alimentos básicos, como arroz, feijão, óleo e carne, continuam em alta, pressionando o orçamento das famílias, principalmente das classes mais baixas.
Muitos analistas apontam que, além dos fatores externos, a carga tributária imposta pelo governo federal sobre os alimentos é um dos principais vilões dessa crise.
O discurso de Lula e a realidade
Em um vídeo gravado recentemente, o presidente Lula apareceu em uma horta na residência oficial do Planalto, tentando justificar os altos preços dos alimentos. Ele atribuiu a situação à alta do dólar e à grande procura por produtos, argumentando que “quando a procura é grande, os alimentos sobem de preço”. No entanto, críticos apontam que o presidente ignorou um fator principal: a alta carga tributária imposta pelo próprio governo que ele comanda.
O discurso de Lula, que já foi visto como uma promessa de esperança e mudança, agora soa como “oportunista e carimbado” para muitos brasileiros. A frase emblemática do presidente, que dizia que, ao final de seu governo, “se todo brasileiro estiver tomando café, almoçando e jantando, terei cumprido o meu papel”, parece cada vez mais distante da realidade. Para grande parte da população, o peso no bolso ao fazer pequenas compras no mercado tem sido insustentável.
Prioridades do governo
Enquanto a população sofre com os altos preços, o governo Lula tem sido acusado de priorizar a ampliação de sua base governista, pensando nas eleições de 2026. O PT, que parece não ter outro nome para suceder Lula, tem concentrado esforços em fortalecer alianças políticas e garantir apoio no Congresso.
Essa estratégia tem gerado desconfiança entre os eleitores, especialmente os mais pobres, que se sentem abandonados pelo governo. A imagem de Lula como defensor das classes mais vulneráveis está sendo arranhada, e muitos já não o veem mais como o “salvador da pátria” que um dia acreditaram ser.
Contraste entre o discurso e a prática
Outro ponto que tem chamado a atenção é o contraste entre o discurso de Lula, que se apresenta como um homem de gosto simples, e as compras feitas pela Presidência para o uso pessoal do presidente e da primeira-dama, Janja da Silva. Relatórios de gastos da Presidência mostram que, enquanto o presidente fala em hortas e alimentos básicos, a mesa do Palácio do Planalto é abastecida com produtos de alto padrão. Isso gera ainda mais insatisfação entre a população, que enfrenta dificuldades para colocar comida em casa.
O governo Lula enfrenta um desafio para recuperar a confiança da maioria dos brasileiros, especialmente dos mais pobres, que são os mais afetados pela alta dos preços dos alimentos e pela inflação. Enquanto o presidente insiste em discursos que parecem desconectados da realidade, a população sente no bolso o peso de políticas que não priorizam o combate à crise econômica.
Enquanto isso, o PT parece estar mais preocupado em garantir sua permanência no poder do que em cumprir as promessas que um dia fizeram de Lula o presidente mais popular da história recente do Brasil. A pergunta que fica é: até quando os brasileiros vão esperar por mudanças reais?