Em dois anos, Brasil atingiu menor taxa de desemprego, diminuiu a pobreza e a extrema pobreza, trabalhador teve aumento de renda, maioria dos empregos formais foram ocupados por pessoas inscritas no Cadastro Único e milhões saíram da fome
As políticas públicas que vêm sendo implementadas pelo Governo Federal desde 2023 atuam como “um colchão de proteção” para a população. A afirmação é do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. No que se refere ao Bolsa Família, o titular do MDS é assertivo ao afirmar que os impactos do programa ultrapassam a transferência de renda que culmina na retirada da pobreza, mas também oferecem suporte para a economia local.

“A circulação desse dinheiro ali, onde essas pessoas vivem, gera um mercadinho, uma feira, um açougue, vira um salão de beleza. Enfim, gera uma atividade econômica”, destacou o ministro.
Um estudo conduzido pelo Banco Mundial, “Cash Transfers and Formal Labour Markets – Evidence from Brazil“, avaliou que o Bolsa Família gera efeitos indiretos positivos na atividade econômica local. De acordo com a pesquisa, além de combater a pobreza, o programa tem efeitos multiplicadores pelo estímulo que dá à demanda local e ao emprego, inclusive de não beneficiários. De acordo com o documento, de cada real investido no programa, são gerados outros 2,16 na economia.
O ministro também critica as manifestações preconceituosas relacionadas ao Bolsa Família, que supõem que o programa desestimula os beneficiários a buscarem outras fontes de renda. “A questão é que quem passa fome não tem disposição para outra coisa a não ser ir atrás de comida, a ponto de se submeter a situações constrangedoras”, enfatizou.
Wellington Dias lembrou que entre as consequências maléficas da fome estão situações degradantes de trabalho, que incluem pessoas se sujeitando a um dia inteiro de serviço prestado por um prato de comida.
“Quando o presidente Lula assumiu, essas pessoas estavam passando fome. Nós já reduzimos esse índice em 85%. Este dinheiro que circula na economia no Amazonas, em Brasília, no Rio Grande do Sul, no Piauí e em todas as regiões do Brasil é também um fator para o próprio desenvolvimento do país”, completou o titular do MDS.
Além de retirar 24,4 milhões de pessoas da fome em 2023, as políticas econômicas implementadas pelo Governo Federal expandiram o mercado de trabalho, inclusive entre os beneficiários de programas sociais. Em 2024, o Brasil atingiu a menor média de desemprego já registrada na história: 6,6%.
Ao mesmo tempo, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que no ano passado, o público do Cadastro Único ocupou 98,8% do saldo dos empregos gerados e o público do Bolsa Família ocupou 75,5% das vagas de trabalho. Tendência verificada em 2023 e nos primeiros meses de 2025.
Também é importante verificar que as taxas de pobreza e extrema pobreza são as mais baixas em anos. Seguindo os parâmetros do Banco Mundial, em 2021 eram 36,7% da população na pobreza e 9% na extrema pobreza. Em 2023, os percentuais diminuíram para 27,4% e 4,4%, respectivamente.
Ou seja, apenas com base no critério da linha de extrema pobreza, estima-se que em 2021 havia 19,2 milhões de pessoas na situação de maior vulnerabilidade. Ao final de 2023, esse número caiu pela metade, representando uma redução de 9,6 milhões de pessoas.
Novos critérios
A fim de garantir que o Bolsa Família cumpra a função de ajudar as pessoas a superarem a pobreza, Wellington Dias afirmou que mudanças profundas foram implementadas desde 2023, garantindo que as famílias atendidas pelo programa possam aumentar de renda, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo, sem perder o benefício.
“Ter a carteira assinada não pode ser critério para cancelar benefício, uma vez que o objetivo é alcançar a superação da pobreza”, explicou o titular do MDS. “Alteramos isso. Agora, quem recebe o Bolsa Família só sai para cima, através de uma renda de superação da pobreza. E se perde essa renda, volta automaticamente ao programa”.
Assim funciona a Regra de Proteção, estabelecida para assegurar que, mesmo elevando a renda a família beneficiária não deixe imediatamente o Bolsa Família. O objetivo é garantir um período de maior estabilidade financeira e a saída da linha de pobreza de maneira consistente, apoiando a entrada no mercado de trabalho ou o empreendedorismo, sem comprometer a proteção do Estado às famílias.