Calma! Não há nenhuma previsão de choque de um NEA (objetos próximos à Terra, na tradução do inglês) com o nosso planeta nos últimos anos. Por via das dúvidas, os astrônomos estão sempre em busca de maior precisão no acompanhamento destes corpos celestes.
Os cálculos apontam uma grande colisão de asteroide com a Terra a cada 100 milhões de anos, em média.
Caso um corpo grande o suficiente para liberar cerca de 1 milhão de megatons de energia se choque com o planeta, poderia matar uma quantidade substancial de pessoas.
De acordo com a Nasa, a agência espacial dos EUA, um asteroide de 2 quilômetros de diâmetro já faria um estrago colossal, e a cada um milhão de anos um asteroide assim pode cair na Terra.
As chances de você ser vitimado por um corpo extraterrestre durante sua vida é de uma em 40 mil.
Para efeito de comparação, as chances de acertar os seis números da Mega Sena com apenas um jogo é de uma em 50.063.860.
As pesquisas espaciais rastreiam os NEAs maiores do que 1 km, que já são grandes o suficiente para causar grandes catástrofes.
Mas existem incontáveis objetos menores com energia equivalente a uma grande bomba nuclear que podem atingir a Terra em algum momento dos próximos séculos.
A atmosfera nos protege da maioria dos NEAs com diâmetro inferior a 40 metros, que possuem energia de impacto de cerca de três megatons. Asteroides de até um quilômetro de diâmetro causariam impacto em escala local.
Já uma colisão que liberasse energia de um milhão de megatons (causada por objetos a partir de 2 quilômetros de diâmetro) produziria graves danos ambientais em escala global, espalhando ainda fome e doenças em todo o mundo.
Impactos ainda maiores, numa escala de 100 milhões de megatons, podem provocar até mesmo extinções em massa, como a que determinou o fim da era dos dinossauros, há 65,5 milhões de anos.
Este foi o maior dos impactos conhecidos: um meteorito de 15 quilômetros caiu na península de Yacatán e abriu a famosa cratera de Chicxulub, que possui um diâmetro de 160 quilômetros. Segundo os cientistas, impactos como o que dizimou os dinossauros ocorrem a cada 26 milhões de anos.
Os astrônomos estimam que existam cerca de mil NEAs maiores do que 1 quilômetro de diâmetro e mais de um milhão maiores do que 40 metros de diâmetro (o limite aproximado para a penetração na atmosfera da Terra). O maior objeto rastreado tem cerca de 25 quilômetros de diâmetro.
Ao longo do ano, a Terra é bombardeada com frequência por toneladas de material cósmico. Essas quedas, no entanto, costumam ocorrer em locais desabitados, como os oceanos.
Em 1908, um meteoroide de 36 metros (provavelmente um pedaço de um asteroide) atingiu a Terra e gerou uma explosão que devastou quilômetros de florestas na região de Tunguska, na Sibéria (Rússia). Este tipo de impacto ocorre a cada mil ou 2 mil anos.
Há 50 mil anos, um meteorito de 50 metros caiu nos Estados Unidos e formou a cratera Barringer, no Arizona, de um quilômetro de diâmetro e 200 metros de profundidade.
Para os próximos anos, o asteroide “2013 GM3” tem uma chance em 6.670 de atingir a Terra entre 2028 a 2113; o “101955 1999 RQ36”, uma em 1.410 chances entre 2169 a 2199; e o “99942 Apophis (2004 MN4)”, uma em 256 mil em 2068.
Em 31 de maio de 2013, o asteroide 1998 QE2, de 2,7 quilômetros de diâmetro, ficou a 5,8 milhões de quilômetros de distância, o equivalente a 15 viagens até a Lua.
Em fevereiro do mesmo ano, um meteoroide de cerca de 17 metros e 10 mil toneladas se chocou com a atmosfera terrestre em Tcheliabinsk, na Rússia, e deixou mais de mil pessoas feridas com os estilhaços de vidros que se quebraram pelas ondas de choque.
Sua energia seria de 0.5 megaton, maior do que das armas nucleares testadas pela Coreia do Norte, por exemplo.
De Tillt UOL, em São Paulo