Em 52 anos, a nave espacial norte-americana lançada pela Nasa, em parceria com a Intuitive Machines, pode ser a primeira a pousar na Lua.
Na quinta-feira, 15 de fevereiro, o Centro Espacial Kennedy dos Estados Unidos lançou, com sucesso, uma nave espacial norte-americana, marcando a segunda tentativa privada deste ano.
Se tudo correr conforme o planejado, esta será a primeira nave dos Estados Unidos a pousar na Lua em 52 anos.
A missão “IM-1”, liderada pela Intuitive Machines, tem como objetivo realizar uma alunissagem suave. Em seguida, irá colocar o primeiro robô americano na Lua desde as missões Apollo.
O módulo de pouso segue o modelo Nova-C, e se chama Odysseus. Segundo relatórios, ele decolou às 1h06 de quinta-feira, cerca de 3h06, no horário de Brasília. Ele estava acoplado ao foguete Falcon 9 da SpaceX.
Apesar do atraso de um dia devido a temperaturas anormais detectadas durante o abastecimento, a nave está programada para chegar ao ponto de alunissagem, Malapert A, uma cratera de impacto localizada a 300 quilômetros do polo sul lunar, em 22 de fevereiro.
Segundo a Intuitive Machines, o equipamento está funcionando corretamente, com os painéis solares em operação e estabelecendo contato por rádio.
A missão IM-1 visa estabelecer uma presença de longo prazo na Lua, com o objetivo de coletar gelo para obtenção de água potável e combustível para foguetes, dentro do programa Artemis da NASA.
Além disso, a nave espacial norte-americana transporta uma carga diversificada, incluindo equipamentos científicos, um arquivo digital do conhecimento humano e 125 esculturas da Lua do artista Jeff Koons.
Empresa responsável pela nave espacial norte-americana
A NASA contratou a Intuitive Machines por US$ 118 milhões, aproximadamente R$ 586 milhões. Sua função será transportar equipamentos científicos até o satélite.
O objetivo é auxiliar no entendimento e minimizar os riscos ambientais para os astronautas.
Posteriormente, após o pouso, existe previsão de que as cargas funcionem por cerca de sete dias. No entanto, quando chegar no início da noite lunar no polo sul, o Odysseus possivelmente seguirá inativo.
Trent Martin, vice-presidente de sistemas especiais da Intuitive Machines, enfatizou que a oportunidade para os Estados Unidos retornarem à Lua pela primeira vez desde 1972 é uma proeza de engenharia que requer um ‘verdadeiro desejo de explorar’.
Essa missão faz parte de uma iniciativa da NASA para terceirizar serviços de carga ao setor privado. Em um primeiro plano, visa reduzir custos e promover uma economia lunar mais ampla.
Por isso, o lançamento bem-sucedido é considerado um passo crucial no avanço da exploração lunar. Após o pouso, as cargas devem funcionar por sete dias, até o início da noite lunar no polo sul, quando o Odysseus se tornará inativo.
Empresas privadas em cena
A chegada da nave espacial norte-americana patrocinada por uma empresa privada não apenas representa um retorno emocionante à Lua para os Estados Unidos.
Esse marco também é significativo na história da exploração espacial, com a entrada das empresas de capital privado na corrida espacial.
Ao delegar serviços de transporte de carga lunar ao setor privado, a NASA está abrindo caminho para uma nova era de colaboração entre agências governamentais e empresas comerciais.
Isso não só reduz os custos e os encargos para as agências espaciais, mas também promove uma competição saudável e estimula a inovação.
Ainda, é a chance da Intuitive Machines, juntamente com outras empresas privadas, demonstrar sua capacidade de contribuir de forma significativa para a exploração espacial.
Deixando de ser apenas como provedora de serviços de transporte, ela agora avança como parceira de uma das principais agências espaciais do mundo, contribuindo para descobertas e missões inovadoras.
Com sucesso, será um exemplo para outras companhias seguirem o mesmo caminho, como a SpaceX, por exemplo, que também planeja seu próprio lançamento.
Embora existam preocupações com a junção do governo e do setor privado na corrida espacial, parece ser um evento inevitável, pavimentando o caminho para uma presença sustentável e de longo prazo na Lua e além.
Com mais investimento e possibilidades, a Nasa abre portas para futuras missões em outros planetas, com avanços científicos nunca imaginados.
Fonte: Correio Braziliense