OMS diz que situação do Brasil é “muito preocupante” e requer medidas agressivas

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“Não é hora do país relaxar, a variante brasileira preocupa e pode afetar toda a América Latina” disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde.

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, afirmou nesta 6ª feira (5.mar.2021) que a situação do Brasil é “muito, muito preocupante” e que o país precisa de medidas agressivas em todos os Estados para controlar a circulação do coronavírus. As declarações foram feitas em resposta a jornalistas que perguntaram sobre o aumento da internação de jovens pela covid-19 no país.

Tedros Adhanom Ghebreyesus

“A situação no Brasil é muito, muito preocupante. Quando vimos muitas tendências de queda, em muitos países, nas últimas 6 semanas, a situação no Brasil ou tinha aumentado ou atingido um platô – mas, é claro, com uma tendência maior de aumento. Eu acho que o Brasil tem que levar isso muito, muito a sério“, disse Tedros.

O diretor-geral da OMS também afirmou que sem medidas de saúde pública, o poder público não vai conseguir reverter a tendência no número de casos e mortes. Para ele, é difícil ver agora uma queda desses indicadores.

“Eu gostaria de sublinhar isso: a situação é muito séria, muito preocupante. As medidas de saúde pública que o Brasil deveria adotar deveriam ser agressivas – enquanto, ao mesmo tempo, distribui vacinas“, afirmou Tedros.

Assista à fala de Tedros (1min28s):

O diretor de emergência da organização, Michael Ryan, também alertou para a ação das variantes do coronavírus. Ele afirmou que a variante brasileira (P.1) é alarmante e a situação está sendo acompanhada pela OMS.

“Estamos muito preocupados com a P.1. Ela carrega muitas mutações específicas que dão vantagens ao vírus, principalmente na transmissão. Não há dúvidas de que uma proporção desses casos que estão ocorrendo agora são reinfecções“, disse.

Ryan também afirmou que é preciso realizar estudos e monitorar a eficácia das vacinas contra todas as variantes do coronavírus. Mas reforçou que as medidas de prevenção continuam as mesmas e são eficientes contra qualquer cepa do vírus.

“Infelizmente ou felizmente, ainda está em nossas mãos. Nosso risco ainda está em nossas mãos.” E completou: “Agora não é a hora de o Brasil ou qualquer outro país, aliás, relaxar“.

Tedros lembrou que o Brasil é um país que tem contato com muitos outros da América Latina. De acordo com ele, a circulação descontrolada do vírus e da variante P.1 pode desencadear crises nos outros país também, se o Brasil não levar a situação a sério e impor medidas restritivas mais agressivas.

“Os vizinhos do Brasil são quase a América Latina inteira. O que significa que, se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil. É sobre toda a América Latina e até além. A aplicação de medidas de saúde públicas sérias é muito, muito importante“, declarou.

Até as 17h30 desta 5ª feira (4.mar), segundo o Ministério da Saúde, o Brasil contava com 260.970 mortes por covid-19. Os casos confirmados de infecção pelo coronavírus são 10.793.732. Foi o 2º pior dia desde o início da pandemia.

Já os dados do Coronavírus Bot indicavam que o número de vacinados no país era de 7.591.266. Desses, 2.426.554 receberam a 2ª dose e estão imunizados. O número de vacinados com a 1ª dose no país representa 3,6% da população brasileira. Os vacinados com as duas doses são 1,1%.

Dados compilados pelo Poder360 até 3ª feira (2.mar), mostra que dos 10 países com mais vítimas da covid-19, só o Brasil vê a média de mortes subir. O indicador está acima da marca de 1.000 mortes diárias desde 20 de janeiro. Se considerados os números de 2 de fevereiro a 2 de março, o Brasil foi o único país em que a média móvel de mortes de 7 dias cresceu.

Com informações do Poder 360

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