Um exemplo foi Luiz Alves, o Luizinho, 48 anos, que perdeu uma das pernas em um acidente automobilístico. Natural de Floriano (PI), ele completou a prova mesmo depois de ter problemas com a bicicleta.
Provas de mountain bike costumam ser desgastantes e repletas de obstáculos pelo caminho: subidas íngremes, descidas perigosas… Completar o percurso exige um esforço tremendo sobre duas rodas. Agora imagina fazer isso pedalando com uma perna só.
No último fim de semana, durante o Picos Pro Race, que reuniu quase 400 ciclistas na região de Picos, Sul do Piauí, um grupo de atletas chamou a atenção e serviu de inspiração para outros competidores que pensavam em desistir no meio do caminho.
Um exemplo foi o piauiense Luiz Alves, o Luizinho, 48 anos, que perdeu uma das pernas em um acidente automobilístico. Natural de Floriano (PI), ele completou a prova mesmo depois de ter problemas com a bicicleta.
– Minha bike quebrou e eu tive que vir devagar com os caras. Veio um comigo e falou: “você pra mim é uma inspiração. Se não fosse você estar comigo agora, eu já tinha parado” disse.
A persistência nas provas já rendeu a Luizinho títulos nacionais e um pan-americano. Recentemente, o atleta se tornou vice-campeão brasileiro de paratriatlon e paraciclismo.
Outro ciclista que deu lição de superação no percurso foi Paulo Santana, 31 anos, de Aracaju (SE). Seu vigor ao longo da prova impressionou quem percorria as trilhas entre os municípios de Santana do Piauí e São José do Piauí.
Paulo perdeu a perna direita em um acidente de carro aos 3 anos de idade. Entrou no esporte através do judô, mas só começou a pedalar há um ano e meio. No último domingo, subiu ao pódio do Picos Pro Race em terceiro lugar, na categoria voltada para os paratletas.
O pouco tempo em competições foi suficiente para o sergipano entender bem que os paratletas têm muito potencial e precisam ser mais valorizados.
– Tem muitas provas que precisam valorizar mais o paratleta (… ) A gente é até um incentivo para qualquer pessoa que esteja no trecho, no caminho. A gente não tem obstáculo. A gente pula as barreiras.
Fonte: cidadeverde.com/naesportiva – Fotos: Roberta Aline