Segundo Gilberto Braga, conversa ocorreu em abril de 2021 durante um almoço no restaurante Tia Zélia, em Brasília, logo após uma reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro.
Em entrevista ao Estadão, na terça-feir a (22), o prefeito do município de Luís Domingues, no Maranhão, Gilberto Braga (PSDB), disse que um dos pastores que controlam o gabinete paralelo no Ministério da Educação pediu pagamentos em dinheiro e até em ouro em troca da liberação de recursos para a construção de escolas e creches.
“Ele disse que tinha que ver a nossa demanda, de R$ 10 milhões ou mais, tinha que dar R$ 15 mil para ele só protocolar (a demanda no MEC). E, na hora que o dinheiro já estivesse empenhado, era para dar um tanto, X. Para mim, como a minha região era área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro”, disse Braga ao Estadão.
Segundo o prefeito, a conversa aconteceu em abril de 2021, durante um almoço no restaurante Tia Zélia, em Brasília, após uma reunião com o ministro da Educação Milton Ribeiro.
Nesta segunda (21), o jornal Folha de S.Paulo divulgou um áudio no qual Ribeiro afirma, em um encontro com prefeitos, que priorizava amigos do pastor Gilmar Santos, que junto com Arilton Moura têm negociado com prefeituras a liberação de verbas para obras, a pedido do presidente Jair Bolsonao (PL).
“A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, disse Ribeiro. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse o chefe da pasta da Educação.
ISTOÉ