As chuvas irregulares no início do ano de 2024 colaboraram para o aumento do quadro de seca do estado.
Dados da Agência Nacional de Águas (ANA) registraram um aumento de 66% para 81% no estado de seca no Piauí, entre os meses de julho e agosto. Em meio ao B-R-O Bró, algumas chuvas foram observadas e podem contribuir para amenizar temporariamente a seca no estado.
Segundo o diretor de mitigação da Defesa Civil do Piauí, Werton Costa, dois fatores técnicos são estudados pela climatologia no estado, sendo eles a estiagem após o período chuvoso e a seca. As chuvas irregulares no início do ano de 2024 colaboraram para o aumento do quadro de seca.
“A seca deste ano foi proporcionada por um período de chuvas muito irregular. Só vamos conseguir entender a nossa realidade quando observamos que não tivemos chuvas no final do ano passado, que a chuva em janeiro foi muito pouca e, em fevereiro, março e abril foi mal distribuída”, explicou o diretor.
Devido a essas condições, o quadro chama atenção pelos impactos causados na economia dos piauienses. O maior impacto da seca está na ausência de água para consumo humano e animal, conforme o Werton Costa.
Outro grande fator natural que colabora com a instabilidade nas chuvas é o fenômeno El Ninõ que atinge o estado durante os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro.
“El Ninõ é um dos responsáveis pelo aumento de percentual da seca no estado por dificultar o canal da umidade e potencializou as temperaturas, favorecendo uma maior evaporação da água em plantas e em mananciais” apontou Werton Costa.
Segundo o diretor, apesar do tempo seco, as chuvas previstas para este mês de outubro podem colaborar para rever temporalmente o estado de seca nos municípios piauienses.
“Ainda não é a temporada chuvosa, mas elas [as chuvas] ajudam a amenizar e, principalmente, deve dar um refresco na condição de calor. Além disso, minimiza o risco de inflamação de incêndios” afirmou o diretor de mitigação da Defesa Civil.