O Piauí recebeu na tarde desta segunda-feira (22), 30 mil doses de vacina Butantan/Coronavac contra a Covid para iniciar a imunização das crianças de 3 a 4 anos de idade.
Atualmente, duas vacinas contra covid estão autorizadas no Brasil para crianças: a versão pediátrica da Pfizer, a partir de 5 anos, e a Coronavac, a partir de 6 anos. Agora, o grupo de 3 e 4 anos que poderá ser imunizado por vacinas Coronavac.
Ordem de prioridades:
• Primeiro as crianças com comorbidades, deficiências e indígenas
• As de 4 anos vêm na sequência;
• E, por último, as mais novas, de 3 anos
As doses foram enviadas ao Piauí pelo Ministério da Saúde e serão usadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) como dose um (D1) desta faixa etária.
O Piauí já está vacinando crianças nessa idade em 131 municípios com doses que estavam em estoque. Segundo o Superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães, essa remessa é apenas o começo. “Não estamos recebendo as doses na sua totalidade porque um número maior ainda será enviado pelo Ministério da Saúde. A princípio, essas doses serão destinadas aos municípios com maior número de crianças nessa faixa”, diz Herlon.
Segundo a Nota Técnica publicada pelo Ministério da Saúde, a imunização deve ser realizada por grupos prioritários, conforme os estoques da vacina Coronavac disponíveis nos estados e Distrito Federal. O imunizante do Butantan foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vacinação de crianças. Os técnicos da agência reguladora consideraram os estudos de efetividade e segurança da vacina nessa faixa etária.
O Ministério recomenda que a vacinação deve começar pelas crianças de 3 a 4 anos imunocomprometidas e depois, o imunizante deve ser destinado para as crianças com 4 anos, seguidas pelas crianças de 3 anos de idade. O intervalo entre a primeira e a segunda dose da Coronavac deve ser de 28 dias.
A Anvisa decidiu acolher o pedido do Instituto Butantan com base nos dados apresentados no Chile, país que está à frente desse tipo de pesquisa na América Latina.
No estudo foram observadas cerca de 490 mil crianças dessa faixa etária entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022 (época do surto de Ômicron).
A eficácia estimada da vacina foi de 64,6% contra hospitalização por Covid-19, e 69% na prevenção de admissão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).