De acordo com o IBGE, economia foi impulsionada no período analisado pelos setores de indústria, serviços e agropecuária.
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma da riqueza produzida pelo país, registrou crescimento de 1,2% no segundo trimestre do ano (abril a junho) em comparação com três meses anteriores (janeiro a março). Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,404 trilhões. O resultado ficou um pouco acima do esperado. Analistas consultados pela agência Bloomberg, por exemplo, projetavam alta de 0,9% na mediana.

O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado. O maior crescimento veio da indústria (2,2%), seguida pelos serviços, que avançaram 1,3%, e a agropecuária, que expandiu 0,5%.
Frente ao mesmo trimestre de 2021, a economia brasileira cresceu 3,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2022, subiu 2,6%, comparado aos imediatamente anteriores. No ano, o PIB acumula alta de 2,5% e chegou a R$ 2,404 trilhões em valores correntes. No mesmo período de 2021, esse valor foi de R$ 2,1 trilhões.
“Houve crescimento em todos os subsetores da indústria. Um deles é a construção civil, que vem enfrentando problemas há anos e foi bastante afetada na pandemia, mas está se recuperando há alguns trimestres”, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
No primeiro trimestre de 2022, houve uma alta de 1% quando comparada ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2021, o crescimento foi de 1,7%.
O PIB do Brasil no ano de 2021 foi de R$ 8,7 trilhões, uma expansão de 4,6%. Esse avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia.
Consumo das famílias
Em relação ao consumo das famílias, houve crescimento de 2,6% no período. Isso significa a maior alta desde o quarto trimestre de 2020 (3,1%). Os analistas do IBGE acreditam que se relaciona com o retorno dos serviços prestados às famílias de forma presencial, o que foi paralisado durante a pandemia.
“Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, analisa Rebeca Palis.
Crescimento do comércio, melhora do mercado de trabalho, liberação do saque emergencial do FGTS e a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS, segundo Palis, impactou o consumo. “Apesar do aumento da inflação e dos juros”, diz.
Projeções para 2022
O Ministério da Economia projeta que o crescimento da economia neste ano fique em 2%. Agentes do mercado consultados semanalmente pelo Banco Central (BC), projetaram na última segunda-feira (29/8) que o PIB crescerá 2,10% em 2022.
Por sua vez, o Fundo Monetário Internacional (FMI) subiu para 1,7% a estimativa para o crescimento do PIB do Brasil este ano. O dado foi revisado no fim de julho. Na previsão de março, a estimativa era de alta de 0,8%. Três meses antes, de 0,3%.
Com informações do Metrópoles