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Quase 26% dos quilombolas no Piauí precisam de carro-pipa e água da chuva para ter água em casa

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Relatório mostra disparidades no acesso à água entre domicílios quilombolas e a média estadual.

Dados sobre o acesso à água em domicílios quilombolas no Piauí revelam uma dependência significativa de fontes não convencionais de abastecimento. Segundo o levantamento do pelo Censo Demográfico 2022, no Piauí 25,85% dos domicílios quilombolas no estado dependem de água fornecida por carro-pipa (16,02%) ou da água de chuva armazenada (9,83%) para suas necessidades diárias.

Foto: Reprodução/Divulgação

A principal forma de acesso à água nos domicílios quilombolas é por meio da ligação à rede geral de abastecimento, que atende 44,10% dessas habitações. No estado, 77,07% dos domicílios têm acesso à água pela rede geral. A segunda maior fonte de água para as comunidades quilombolas é o poço profundo ou artesiano, que abastece 24,61% das residências, um número também inferior à média do estado, onde 14,45% dos domicílios utilizam essa fonte. Enquanto 25,85% das residências quilombolas dependem de carro-pipa e água da chuva, apenas 4,72% dos domicílios do estado do Piauí utilizam essas fontes como principais meios de abastecimento.

Além dessas formas de abastecimento, outras fontes de água também foram identificadas nas comunidades quilombolas, embora em menor escala. O uso de água de rios e açudes representa 1,72% dos domicílios, enquanto outras formas de acesso, como fontes ou nascentes e poços rasos, somam 3,72%, totalizando 5,44%.

Praticamente um a cada cinco domicílios permanentes ocupados da população quilombola (20,53%) não possuía banheiro de uso exclusivo dos seus moradores, proporção quase 5 vezes maior que a observada para a média da população do estado (4,87%). Havia banheiro para 72,44% dos domicílios quilombolas, contra uma média de 92,3% para a média dos domicílios do estado.

O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), consideram-se como tipos adequados de esgotamento sanitário dos domicílios a “rede geral, pluvial ou fossa séptica ligada à rede”, bem como o esgotamento por “fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede geral”. Assim, considerando-se essas duas modalidades de esgotamento sanitário, cerca de 17,31% dos domicílios quilombolas atenderiam o padrão de adequação previsto pelo PLANSAB.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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