República Tcheca, Polônia, França, EUA e Holanda anunciaram apoio. Terceiro dia de bombardeio tem áreas urbanas atingidas por mísseis.
Os confrontos em Kiev atingiram o mais alto nível de tensão. Rússia e Ucrânia disputam o controle da capital, coração do poder, enquanto a comunidade internacional envia armas e dinheiro na tentativa de fortalecer as tropas ucranianas. Desde a madrugada deste sábado (26/2), pelo horário de Brasília, Kiev sofre ataques russos. Ao todo, três milhões de pessoas vivem na cidade.
Mísseis foram disparados até mesmo em áreas urbanas, o que antes estava restrito a bases militares ucranianas. As sirenes de alerta voltaram a tocar.
Enquanto isso, pelo menos cinco países divulgaram apoio material. República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos e Holanda se comprometeram a enviar armas, material de defesa e dinheiro, mesmo sem ordenar ajuda militar direta para os confrontos.
República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos e Holanda concordaram enviar ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.
A ministra da Defesa da República Tcheca, Jana Černochová, anunciou, neste sábado, que o país vai enviar US$ 188 milhões em armamentos para a Ucrânia. Segundo Černochová, serão enviados metralhadoras, rifles de precisão, revólveres e munição ao país.
O ministro de Defesa da Polônia, Mariusz błaszczak, enviou ajuda militar para a Ucrânia. Foi o primeiro país a disponibilizar esse tipo de apoio. “O comboio com a munição que entregamos à Ucrânia já chegou aos nossos vizinhos. Apoiamos os ucranianos, somos solidários e nos opomos firmemente à agressão russa”, argumentou o ministro.
O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou ao presidente ucraniano que enviará armas e equipamentos para ajudar no combate à invasão.
Os Estados Unidos já haviam anunciado a doação de US$ 52 milhões em apoio financeiro aos serviços de segurança ucranianos.
Por fim, o exército holandês anunciou que enviará suporte ao governo ucraniano com material de defesa antiaérea. A proteção é usada contra alvos de grande, média e baixa altitudes.
Na madrugada
Um foguete disparado pela Rússia atingiu um prédio de Kiev, deixando três feridos. A capital amanheceu sob nuvens de fumaça escura após sucessivos ataques.
O bombardeio russo começou na quinta-feira (24/2). Em três dias, ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas.
O prefeito da cidade de Kiev, Vitaly Klitschko, ampliou o toque de recolher — agora a restrição é das 17h às 8h. A orientação é que as pessoas fiquem em casa. A população foi orientada a montar coquetéis molotov e 18 mil fuzis foram distribuídos a civis (foto em destaque).
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que não irá se render e que reagirá aos ataques russos. Ele garante que as tropas dele têm resistido e que “repeliu” ataques.
“Estou aqui. Não abaixaremos nossas armas. Vamos defender nosso Estado, porque nossas armas são nossa verdade, e nossa verdade é que esta é nossa terra, nosso país, nossas crianças – e nós vamos defender tudo isso”, afirmou em um vídeo.
Com informações do Metrópoles