Religioso que é um dos principais defensores do governo de Jair Bolsonaro pediu uma investigação ampla contra seus colegas.
Silas Malafaia quer que a Polícia Federal e o MPF quebrem os sigilos fiscal e telefônico dos dois pastores envolvidos em suspeitas de irregularidades junto ao Ministério da Educação de Jair Bolsonaro.
Desde o início da semana que tem sido tornada pública pela imprensa a atuação de religiosos no suposto controle de repasse de recursos do MEC para cidades com a bênção e colaboração do ministro chefe da pasta, Milton Ribeiro, que também é pastor.
“Nós pastores evangélicos queremos pedir ao Ministério Público Federal e a Polícia Federal que investiguem e a afundo. Que quebrem o sigilo fiscal e telefônico desses dois pastores. Vai fazer um favor aos pastores evangélicos no Brasil. Somos mais de 200 mil pastores no país e não vamos tomar lama por causa de dois camaradas”, disse.
Malafaia é líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e um dos principais aliados do governo de Bolsonaro. Ele afirmou que não pretende encobrir possíveis malfeitos e criticou o ministro Ribeiro ao dizer que ele deveria “provar que é honesto” e ser mais “veemente” nessa defesa. O pastor aproveitou para fazer um ataque aos seus alvos preferenciais, a esquerda e os governos do PT, e disse que Bolsonaro não tem responsabilidade no caso.
“Eu não estou aqui para encobrir nada. Queremos uma investigação profunda, mas não aceitamos essa maldade de botar pecha em pastores. A lama da esquerda e do PT eles querem jogar em Bolsonaro. Qual o crime do presidente? O que ele tem com isso. O presidente mandar ir ao ministro é a coisa mais comum. Outra coisa é o presidente dizer ‘faz o que eles estão pedindo’. É uma diferença daqui pra lua. Isso é comum. Querem enlamear o presidente”, disse.
Da Veja/Coluna Radar