Na capital, desde os primeiros dias de 2022, fortes chuvas alagaram várias regiões da cidade e desabrigaram famílias. Secretário de Defesa Civil disse que muitas famílias estão deixando as casas em áreas de risco antes dos alagamentos, seguindo a orientação da prefeitura.
O número de pessoas desabrigadas devido às chuvas em Teresina chegou a 1.300 nesta sexta-feira (7), segundo estimativa da Defesa Civil. Ao todo, 424 famílias tiveram suas casas atingidas por alagamentos. Nesta manhã, o prefeito Dr. Pessoa (MDB) e o governador Wellington Dias (PT) visitaram os locais afetados e discutem soluções para o problema.
De acordo com o secretário da Defesa Civil municipal, Carlos Ribeiro, muitas famílias nos últimos dois dias estão deixando as casas em locais de risco antes de serem atingidas pelos alagamentos. A saída antecipada foi orientada pela prefeitura.
Segundo ele, há mais de 40 famílias desalojadas que estão abrigadas em escolas cedidas pela prefeitura, Dilson Fernandes (Vila Apolônia), Iolanda Raulino (Poti Velho) e Domingos Afonso Mafrense (Mafrense).
As demais estão em residências de amigos e familiares e estão recebendo um aluguel solidário para ajudar nas despesas, no valor de R$ 300. Todas estão recebendo cestas básicas.
Uma das famílias que teve que sair de casa é a da aposentada Rosilda Feitosa, que mora com o neto na rua Sete do Bairro São Joaquim. Ela teve que sair de casa e está morando com uma vizinha nos últimos dias.
“Nem quer cesta básica e nem ficar em escola, quero voltar pra minha casa. Moro aqui há sete anos, não é sempre que alaga a minha casa, mas esse foi o pior ano, que mais choveu. Espero estar logo na minha casa”, informou.
A Zona Norte da capital é umas das mais afetadas. Na região estão 95% das famílias que deixaram suas casas nas últimas 24 horas, conforme a prefeitura. Segundo a Superintendência de Ações Administrativas Descentralizadas (Saad) Norte, 348 famílias dos bairros Mafrense, Vila Apolônia, Poti Velho e Residencial Lindalma Soares foram afetadas.
O objetivo agora, segundo o secretário de Defesa Civil, é buscar soluções definitivas para a situação. Isso porque, segundo ele, o problema na cidade – em especial na região norte – ocorre anualmente há pelo menos quatro décadas.
“A solução mesmo é retirar essas casas de vez das áreas de risco e impedir que novas famílias venham ocupar esse espaço, com obra de habitação. Porque se não, vamos continuar enxugando gelo também no próximo ano”, disse ele.
Na quinta-feira (6), o prefeito de Teresina Dr. Pessoa (MDB), participou de uma reunião com representantes das Saads, membros da gestão municipal e o secretário nacional de assistência social, André Veras, para discutir o auxílio do Governo Federal para as famílias atingidas pelas enchentes.
“Após a visita dos ministros Ciro Nogueira e João Roma, articulamos a efetivação da ajuda prometida pelo Governo Federal. Essa ajuda chegará às famílias, através de insumos, colchões, alimentos e outros”, contou o prefeito.
Ministros visitaram a capital
Na manhã da última quarta-feira (5), os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), e da Cidadania, João Roma (Republicanos), visitaram áreas atingidas por alagamentos na capital.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), terrenos disponíveis para a construção de casas estão sendo mapeados. O intuito é destinar novas residências para as pessoas desabrigadas que viviam em regiões vulneráveis. No entanto, ainda não há previsão para o início das obras.
Com informações do G1 PI